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segunda-feira, março 10, 2008

Letra de que mata!

Quase tudo que é visto, entendido ou que de alguma forma sensibiliza nossos sentidos requer um filtro considerável, aos “bons” e puros de coração de alguma forma não o possuem sendo portanto mais vitimas de si mesmos que qualquer coisa, pois depositam credito nas pessoas ignorando a fragilidade alheia, em fragilidade entenda-se o conluio moral entre o bem e o mal, as então famosas tentações a que somos expostos dia a pós dias com um jogo entre a Divindade e o Outro...briga velha é verdade, mas não a muito o que fazer a não ser tomar posicionamentos, creio que não em favor de um ou de outro, mas alem da dualidade que é um ledo engano, o ato “justo” é sempre o mais acertado.
Em Teosofia lemos a respeito do ato natural de se fazer o bem com a entrega, ou seja um ato sem segundas intenções, a não ser de o fazê-lo e isso é plenificador e correto porque neste instante você já paira alem do bem e do mal e obviamente quem vai alem já entende as então naturais fraturas da alma o ato falho de cada um de nós, portanto a entrega já esta feita, com carinho e sublimidade, o ato de entrega é o filtro mais perfeito que podemos ter porque nele jamais iremos ser atingidos pelo então concebido “mal” porque ele esta derrotado em nossa essência, em nosso coração,independente de todo e qualquer resultado o bem já esta plenificado, muito alem dos vales de lagrimas ou dos sorrisos, nossa alma já esta em paz. Essa é a essência do bem, mas porque as boas pessoas não se sentem plenificados neste ato ?
Pela arvore conhece-se o fruto, se algo não acontece é justamente porque estamos “falhando” em intenção e atitude, não basta amigo ter um coração que ame é preciso saber fazer isso, não falo aqui de regras do coração, nada disso, falo de bom senso, falo de tempo certo, falo de instigar e de deixar descansar, percebi a muito tempo o quanto o pior de nós atrapalha o melhor de nós , não precisaria ser assim.
Se aprende com a pratica que a realidade sempre é diferente de toda teoria, isto sempre será assim em função da exclusividade de nossa personalidade, a maneira de interagir com as coisas é sempre única,porem algo nos é exigido, a capacidade de interpretar, em se tratando de ser humano tudo é conotativo tudo, porque as intenções subjacentes em nós falam mais alto, quando as vezes o ato em si é uma mascara, uma mentira feita para ludibriar a todos e as vezes nós mesmos, vejo isso todos os dias com as pessoas com quem converso, uma vida “perfeita” a superfície um vulcão em erupção no coração, o disfarce de uma mentira pode ser bom mas nunca perfeito, ficam as marcas, o gosto e o aroma do falso, você já percebeu ?
Toda historia literal é uma mentira e claro contada por um mentiroso, porque ao se reproduzir-se toda historia ela virá carregada com as impressões do narrador e quem disse que estas impressões são verdadeiras? A letra mata, mas o espírito vivifica, não acredito em historia alguma que me contam, prefiro saber de fatos, a partir disso removo a emoção, tiro os aspectos negativos e positivos da personalidade alheia e todo falatório fica reduzido ao seu tamanho real, parece uma piada, mas quando converso com alguém não presto atenção ao que diz, mas me interessa mais o que a pessoa não diz, a linguagem silenciosa de seus olhos, gestos e tom da voz, porque a vida é assim os temas são panos de fundo para o que se passa em teu intimo.
Poderíamos chamar isso de imparcialidade e talvez fosse correto, não sou passional de fato quase não tenho personalidade mais, porque nada me ofende, agride ou atinge aprendi a dar o desconto ao ser humano, faça isso também saiba que a fragilidade do próximo é a mesma tua, que embora não aceitemos existe muito pouca diferença entre você e ele, uma versão diferenciada de uma mesma coisa, nem mais importante e nem menos simples, olhe com os olhos despojados e verás.

Paz e Luz em teu caminho.
Com meu carinho.
Fabiano.

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