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sexta-feira, fevereiro 29, 2008

Realidade

Isto sempre será contexto em primeira ordem, poderíamos abrir portais dentro do entendimento possível e auscultarmos nessa profunda busca para lograr o êxito e a benção de tal compreensão mas creio piamente que dentre tantas as possibilidades e probabilidades dentro de um simples realidade a que se torna em vias de fato é a que “elegemos “ pelo estado natural do contexto que estamos inserido, tentarei ser mais cru possível.
Efetivamente a realidade de uma guerra apenas para exemplo é de fato visceral e insofismável,que explicação cientifica,filosófica,religiosa ou qualquer outra válvula de escape destas pode explicar uma “atrocidade”de por exemplo uma mulher grávida morta pelos “inimigos” e tento o ventre aberto para que seu futuro filho seja também trucidado, que poderia trazer-nos luz objetiva por mais que a as explicações sejam verdadeiras, “consoladoras”, e psicologicamente corretas o que justifica?
Pense bem nisto antes de seguir lendo.
Lógico que sabemos que coisas assim e muito mais existem no mundo, indiscutível e aqui não coloco nenhum julgamento, pois nos obscuros labirintos da mente humana existem regiões inóspitas e não visitadas pela nossa consciência e não duvide, você é capaz disto e muito mais, coloque-se as circunstancias certas,os elementos alquimizantes corretos e temos um produto horrendo vindo diretamente de nós mesmos, não duvide, não julgue e não se oponha apenas recupere se possível a capacidade de observar-se se é que algum dia fez isso.
Cabe aqui colocar a “realidade” é e sempre será diferente de tudo o que você entende, conhece ou sabe, a realidade sempre é um tapa no rosto impossível de ser esquecida, faça o que for ao deparar-se com ela você estará absolutamente só tendo como melhores opções os teus defeitos e naturais valores, mas qual ira ter predileção?Será mesmo que no momento de ódio,fúria e de uma situação injusta com você, você abrirá seu “bondoso” coração e dirá com brandura da alma que isto é apenas uma situação a qual os entes humanos são susceptíveis e então ficar tranqüilo e partir em paz como se nada houvesse ocorrido?De senso comum isso não acontece nunca, a realidade é mais marcante, mais instigante dos instinto alheios,abrindo portais onde imperam a nossa mesquinhez os sentimentos mais comezinhos da vida.
A realidade em primeira mão é o que te fere os sentidos de alguma forma, algumas vezes disfarça-se, iludi-nos e faz que vejamos coisas que queremos ver com toda a nitidez possível mas que circunstancias ponderadas certamente não perceberíamos, abri abre-se um encruzilhada, claro quanto mais capacidade de ver o observador em mim tanto maior a dimensão verídica da realidade eu poderia abarcar, aqui mergulhamos na realidade profunda a que fica subjacente em cada coisa, aqui mergulhamos no coração do algoz que abriu o ventre da mulher grávida, uma realidade a morte da mulher e seu bebe, outra realidade o coração do algoz que buscava naquele gesto o exercício de poder ainda que poder insano onde os extremos dos desejos humanos se encontram com as fronteiras do entendimento de si, um entendimento distorcido de si nos conduzirá a atitudes tortuosas reflexos do que vemos em nosso próprio espectro ao que evidentemente inferirá uma realidade embora violenta como o caso, mas menor quase não sendo uma realidade,mais parecendo como uma ante-realidade, que possivelmente satisfaça, possivelmente transforme o cenário mezológico em que se encontra mas não vai alem disso.
Repito quanto maior a capacidade de ver-se sem as lentes obnubilantes das emoções distorcidas e condicionadas, de pensamentos prontos e conceitos estratificados, tanto maior conseguimos perceber a “realidade”, tanto a realidade rasa quanto a profunda, porem existe uma escapatória para tudo isso?
Sim existe, a aceitação que tudo e absolutamente tudo pode acontecer em tua vida e que você é absolutamente capaz de tudo e qualquer coisa, ainda que a maioria não acredite nisso.
“...então o entrevistador perguntou para o soldado porque tinha feito tal atrocidade, matando a mãe e abrindo seu ventre para matar-lhe também o feto?
Ele sem nenhum drama aparente na consciência disse com toda serenidade da alma:primeiramente estava cumprindo ordens e o fazia com prazer e em segundo lugar lhe dava satisfação a crueldade de ter o poder da vida e da morte ainda mais se tratando dos inimigos.”
Contra a realidade não existem argumentos, vi nele os mesmos desejos de qualquer santo apenas por vias tortuosas, porque assim é o ser humano, quando não consegue alcançar as estrelas, rejubila-se nos abismos.

Com profundo anseio de buscar o infinito.
Com meu profundo carinho.
Luís Fabiano.

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