Pesquisar este blog

terça-feira, dezembro 04, 2007

Regando as flores do deserto

Por vezes é preciso ter alguma esperança, talvez por vezes seja preciso acreditar em algo,talvez em alguns momentos precisamos enchermo-nos de fé, talvez por alguns instantes seja preciso que nosso coração se enterneça com alguma coisa emotiva que nos toque realmente o âmago, possivelmente que seja por breve ocasião queiramos nos modificar,um impulso vago dos muitos que temos, de minha parte não desmereço nenhum esforço humano, todos são uma profunda tentativa de uma obra de arte errante, mais borrões que arte é verdade, mas para críticos um traço disforme no meio da tela diz absolutamente tudo, bem isso é ao mesmo tempo uma verdade e uma imensa mentira, como pode algo assim?
O querer absoluto nos leva ao absoluto erro, porem nem sempre , aos convictos em suas verdades, esta verdade será o seu batismo o mesmo ocorre as emoções.
Até quanto depositaremos nossas esperanças em coisas vãs chamadas de absolutas?Não é possível amigo, muito embora negues em ti existe mudança momento a momento e somos por assim dizer frágeis galhos, ramos ainda oscilantes ao vento, as tempestades e em momentos de desafio, dizia a alguém estes dias, que ninguém levanta-se em dia de sol a beira de uma cascata de águas puras e cristalinas e decide:Bem, hoje eu vou mudar!Por nossa natureza empedernida nos tornamos mais sensíveis quando as situações da vida nos atingem diretamente, não temos a habilidade de entender as sutis comunicações da vida,é preciso ser dor sempre?Nossas sementes caem em terreno árido, e insistimos em regar as areias do deserto, e aguardamos as rosas de perfumes mil, encanto existente em nossa mente apenas,perfume da alma.
Você já sentiu o perfume da alma alheia?Isso não nos permitimos,porque nossos preconceitos falam mais alto,nossa limitação é castradora, e nosso poder de observação é absolutamente míope, tereis alguma chance?Não conseguimos nem sequer perceber as coisas mais simples a nossa em sua natureza mais pura que pudera falar mais de captar sutilezas do Sí profundo.Não é possível, e o primeiro embargo é justamente o fato de nem sabermos que existe um si...
Mais água no deserto.
Então vem o que se questiona, o que é o deserto?
O deserto amigo é tudo aquilo que alimentas que não és tu em verdade, que são alguns sonhos fajutos, as ambições de breve duração, o desejo de plena satisfação em breve, a felicidade instantânea a que o mundo mais vende, a alegria na forma de um comprimido, o deserto de tudo é rápido, breve e que deixa seqüelas na memória, fazendo como um vício buscar novamente a nós mesmo vias transversas, o deserto amigo és tu mesmo quando tu não sabes responder pergunta simples, o que és? Se és o corpo então tua felicidade é fácil, basta atender as necessidades do corpo e a felicidade e paz estará com você, mas é curioso, que mesmo tempo satisfeitas todas as necessidade físicas ainda não nos sentimos plenificados, porque?Talvez haja algo errado,mas onde?
Vez por outra as pessoas normais sentem um vazio em si que elas tentam fugir de toda forma, mas que será esse vazio?Uma ausência.Uma quietude ligeiramente incomoda.Quando sentimos isso amigo, é o deserto falando e sua voz melíflua se faz ouvir mesmo quanto o mundo lá fora esta a berrar!

Aos jardineiros que sabem depositar suas sementes, aos que regam os desertos, e naturalmente aos que sabem apreciar suas rosas desabrochando.

Fraternalmente.
Fabiano.

Nenhum comentário: