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quarta-feira, outubro 03, 2007

A parte que separa...

Ontem enquanto olhava estrelas que piscavam no altar do universo, sobre a diamantina luz lunar, percebi coisas...algumas são relevantes outras tantas fazem parte do cenário bestial de coisas corriqueiras advindas do nosso cotidiano enclausurante, modorra existencial ,que mais desterramente precisa ser partida, neste aspecto não creio em graduais evoluções, isto dentro em contexto cientifico talvez ganhe proporções abalizadas, enquanto na verdade o salto quântico não é feito gradualmente, ele simplesmente pula e não mais é o que era, explique isso para a menor porção da matéria, que o salto deve ser gradual, lento em fogo brando, esta é a ironia a base existencial daqueles que esperam a gradação de sua própria vontades em viver, existir e saber alterar rotas!
Vez por outra amigo(a), é preciso que algo morra em tua vida, é preciso que faças morrer sufocadamente, falecimentos e sacrifícios de algumas, “pessoas”, sentimentos, pensamentos que precisam ser dilacerados e expostos ao osso, em seu cerne mais profundo, transeuntes que somos, vamos carregando tudo a nossa volta, fingindo que tudo em nossa vida tem relevância,atribuindo a verdade em mentiras, seja relacionamentos, amizades, ou a intimidade que você trata com você mesmo, é preciso largar carga ao mar, aliviar tudo a tua volta para que possas não navegar mais, mas sim alçar o vôo, é claro ,se souberes como se faz isso, mas de um modo geral nossas quinquilharias de toda sorte são o chumbo, ou chamada também a base de nossa vida, o que você teve coragem de abater hoje ?
Continua tudo igual ao ontem ?
Amigo se for assim...lamento, mas você já morreu! Meus pêsames a você mesmo,e não me convide para o seu enterro, pois,certamente não rezarei por você, nem chorarei, aliás ninguém chorara por ti, você choraria por alguém que dá um tiro no próprio pé?
Eu prefiro pisar neste pé ferido, ou rir, é mais sensato e contextualizado!
Temos na morte um medo latente quase eminente, em função deste medo curiosamente cultivamos cadáveres, sim cadáveres, você não esta sentindo o aroma típico? Cada vez que você busca o passado querendo que sua vida volte a ser o que era, o que você esta fazendo? Ou então quando você alimenta o mesmo tipo de pensamento condicionado que idealiza coisas que devem seguir um padrão, o que você fazendo ?
Quando o momento presente, o único real, lhe sugere algo diferente em sua vida o que você faz, foge com medo do novo e vai em direção ao lastro da própria ignorância, ou abraça o novo com o carinho e receptividade que ele precisa?
Sem eliminar teus apegos e idéias estratificadas não tem jeito amigo(a), sem morrer algo em ti, não é possível, estas fadado a apatia, indolência deste viver sem grandes sentidos.
Não justifique-se, apenas aceite, toda justificativa é uma atestado de culpabilidade, mesmo quando és teoricamente inocente, inocente, meu Deus...me livre disso, não quero ser inocente quero saber usar minha força na exata medida que me cabe, a algum tempo atrás dizia na infância de meu pensamento e emocional, que preferiria poeticamente ser a flor quebrantada pelo vento, ao ser o vento que quebra a flor, hoje não desejo nem ser a flor e nem tão pouco o vento, quero apenas o que seja real e verdadeiro, se a flor é frágil o vento a irá quebrar naturalmente,fatalmente e isso não é nem bom ou tão pouco mau, apenas é, e eu apenas sou.
Me entediei de você...
Agora pegue sua pá amigo, e proceda ao enterro de seus cadáveres, ou desejas que alguém você faça isso?Sim,talvez a dor ? Sim...a dor é um bom coveiro, não é muito inteligente esta tua atitude, mas este é o teu grilhão, você pode ficar a vontade com ele.

Aos vivos que já morreram, aos mortos que desejam viver e a consciência repleta de friezas

Algo mudou.

Com afeição.
Fabiano.

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