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segunda-feira, outubro 08, 2007

Amor perfeito

Muito antes de pensarmos nas flores que recebem este nome por sua característica, forma e coloração, vislumbremos a realidade possível ao nosso sentir, gostaria de puder viver do hálito das almas e não das grotescas manifestações da forma , em uma mescla de emoções que mais desfigura do que mesmo imprimi verdade a sutileza e a beleza do amor.
Tantos autores já falaram sobre o amor,mas ninguém nada disse sobre o amor, idolatramos este sentimento mesquinho, enfadonho, repletos de medos, inseguranças e ciúmes e a toda esta amalgama emocional adicionamos ideais românticos e aí esta produzido o amor como o entendemos de durabilidade curta e vida inexpressiva cujo o encantamento desaparece em função do desgaste das emoções de sua origem,pelo redimensionamento a realidade, capacidade oxidante de nosso entendimento da vida que engole tudo irremediavelmente, as coisas principiam luminescentes e terminam um imenso borrão disforme, num turbilhão de cores misturas...o brilho se foi...o ideal se foi...a beleza deixou de existir.
Para que o amor possa sobreviver ele deve permanecer puro como nasceu, sem misturar-se as imundícies humanas, repletas de senões, repletas de limitações, de impossibilidades, como algo que é puro, infinito pode sobreviver misturar-se aquilo que não é?Como pode sua veste branca e leve como as nuvens de seda, não ficarem sujas ao andar pela lama?É impossível!
Amor ideal...é aquele que se mantém alem das condições que os olhos permitem, este amor não é tocado pelo físico, ele é o perfume da alma, só pode ser sentido mas nunca agarrado, aprisionado, ele não depende do físico para nada,é vivido em separado na imensa solidão da almas, ele vive em meu coração independente de estar no teu, meu corpo próximo ou longe do teu jamais o corrompe, o desgasta ou mesmo o asfixia, não queria tocar o amor como se toca o Amor Perfeito, a flor, mas é a distancia que se pode apreciá-lo, quanto mais longe de mim estiveres melhor será a vista de ti mesmo e conseguintemente das profundas emoções da alma, aprenda a despir os sentimentos e deixá-lo na nobreza de sua verdade profunda, sem as excessivas maquiagens das pessoas, o amor não precisa disso, não precisamos acrescentar a mais daquilo que não é, e é justamente aí que o perdemos.
Mas como poderia haver possibilidade de alguém amar assim e conservar-se exatamente o que é? Não há possibilidade de conservar-se, para a isto chegarmos é preciso que algumas características padronizadas de nosso comportamento como individualidade, cultura e sociedade simplesmente sejam implodidos, e um novo conceito surja, conceito flutuante, repleto probabilidades e energia, não são as coisas que a nossa volta que são limitadas meu amigo, mas sim você que limita tudo a você mesmo, você é seu próprio carcereiro, enquanto você não se da conta disto você fica almejando e esperando que alguém lhe abra as portas, você imagina que será possível abrir estas grades por fora? O carcereiro externo não existe,ele é o sonho criado pela sua ilusão, pela sua ignorância e pela preguiça mental.
Meu amor por ti não é nem maior e nem menor, não é comparável a nada pois é único, pode ser entendido de formas infinitas ou simplesmente cristalizado em um nada, pode ser dolorido e ao mesmo tempo te dar paz,ele pode ser feito pela violência de meu primitivo entender, e manifestar-se pelo mais grotesco em mim,ele é um rugido em um montanha e um bater de asas na planície,ele é frio como a neve do ártico, e quente como o sol do meio dia no deserto, mas ele é sobretudo meu, e ai isto nada podes fazer.
Agora vá cultivar o seu jardim e espere a benção da natureza.

Aos que fazem do amor tudo que ele não é, e aos que aspiram um aprisco para suas almas.

Fraternalmente com quase amor...
Fabiano.

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