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sexta-feira, agosto 03, 2007

O retorno ao bosque!

“...hoje eu voltei lá, lugar sereno iluminado pela doce penumbra de um dia chuvoso, calmo e silencioso é certo, perfeito para o recolhimento, de aspiração superior, de pensamentos que buscam o infinito e a doçura das estrelas, recebido eu fui é certo, um coro de pássaros, e o voejar de insetos, eles me falavam a alma na linguagem que apenas se sente na intimidade do coração, do templo sagrado.
Não pensava em memórias porque as mato cotidianamente, e felizes elas caminham para o sacrifício, não imaginava futuros, porque nunca acreditei em amanhãs, em certezas eqüidistantes, certezas que não partiam de mim mesmo, ali eu estava, apenas consciente de mim naquele pedaço, portal do universo, impossível assim conter toda e qualquer emoção.
Sorri e chorei.
E no turbilhão de pensamentos e inspiração deixei-me levar,conduzido fui, e universos foram encerrados, pequenos mundos criados e o mais belo tudo ao final tudo foi desfeito, pois amigos, um ato para ser completo em nossa vida ele deve encerrar-se em si mesmo, atos que advêm da alma não deixam resquícios, não deixam marcas inacabadas, nem ranhuras onde o karma de cada ente se agarra e firma,é essa a essência do karma.
Sentado ali, entre insetos, tigres, borboletas e pássaros, árvores e belezas ocultas, quando tudo cala fundo, nada há para ser dito, todo e qualquer dito torna-se uma blasfêmia neste instante, muito sui-generis, existem momentos amigos que expressar qualquer coisa em relação a si mesmo torna-se uma tragédia fundamental, atrapalhar o fluxo da harmonia presente é o maior ato de selvageria que um ente humano pode fazer, esqueça corpos trucidados, orgulhos feridos e farpas trocadas, nada disso tem importância alguma.
Algumas coisas na vida são importantes, mas a maioria não tem importância alguma, são fantasmas criados pelos desejos advindos de nossos parasitas existenciais, e talvez do maior inimigo que todos temos...Nós mesmos.
Retornarei muitas vezes ao bosque, embora neste mundo, não é deste mundo, embora visível, permanece oculto, embora mudo, fala as almas atentas.
Hoje minhas palavras se tornaram pobres, miseráveis, medíocres mesmo,eu não sou absolutamente nada, o silêncio permanece, a quietude serena esta presente, hoje eu não sou nada."

De minha essência
Paz, luz e amor.

Fabiano.

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