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terça-feira, abril 17, 2007

Respostas Rasas

Houve um tempo em que era menino, acreditem eu já fui criança, e certamente fui inocente muito embora não tenha recordação disso, creio que nenhum de nós tem, do tempo que fazia as coisas por fazer, sem que subjacentemente houve algum interesse pessoal,mesquinho,comezinho, com o tempo vamos perdendo este desapego todo, e gradualmente vamos nos convertendo em culpados herdados, associando a tudo isso o monturo de fragilidades,condicionamentos, medos e o principal a ignorância , perdendo gradualmente a ciência de saber o que se é realmente, se confundindo com o meio para termos a esplendorosa capacidade de nos tornarmos iguais a todos!Razão porque exceções são raras.
Com o tempo fui compreendendo um pouco ou quase nada do gênero humano, e entendi que ele busca o infinito por meios finitos, deseja a satisfação plena com o mínimo de esforço, deseja que seu imaginário se converta em realidade magicamente mas sem a noção mínima que isso longe e muito longe está de dar-nos paz,harmonia ou felicidade. Deseja a cura das chagas, mas não o remédio,infelizmente e a duras penas aprendemos, a dor é nossa mais leal companheira amiga e de certa forma esta sempre a nossa espera, dor nossa, dor dos nossos, dor de vida e dor de morte.
O tempo passa, e minha alma se molda na plasticidade do tempo, sem anseios, nem desejos, apenas na aspiração pelo sublime que poucos querem ou compartilham, me desculpe, mas certamente você não deseja isso, ou talvez não tenha a mínima noção do que estou falando, tudo certo não é preciso entender tudo na vida, alias grande parte de nós passa a vida inteira sem entender, afinal tantos por quês ?
Mas hoje dentro da simplicidade de minha alma e dos poucos sentimentos que tenho, te digo, desejo te encontrar, mas encontrar o melhor de ti, o sublime em ti, o sutil da tua alma, quero te ver, mas quero o perfume que talvez possas me dar, quero beber no profundo do teu Ser, não me venha com o raso, rasteiro o rente, não, não quero isso, talvez só o que tenhas seja isso para me oferecer, mas não lamente por mim a tua miséria, mas por você ainda não ter descoberto que o Fulgor está em você, que resplendor e luminosidade habita em você, mas preferes por ignorância, má vontade ou mesmo imaturidade da alma a letal segurança das águas rasas de teu Ser, pois o profundo agora é perigoso demais.
Não me dês o raso por favor, pois eu não aceito, se é só o que podes me ofertar, te peço, esqueça, me esqueça porque certamente conviver comigo não te fará bem, conviver comigo vai te causar mal estar e náuseas, não poderás encher minha taça,não poderei encher a tua, não poderás alimentar o fogo da vida que há em mim,nem eu em ti, não poderei te enriquecer a vida e nem minha.
Agora, fica tranqüilo(a) segue teu caminho,mas lembre-se,não esqueças de Ti mesmo, acorda Ele em ti. Ele sorri para ti agora, não o ignores.

Aos buscadores cujas almas são
mourejadoras fiéis em busca das estrelas.
meu carinho,meu respeito.

Cordialmente.
Fabiano.

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