Pesquisar este blog

segunda-feira, março 12, 2007

O que sobra

As pessoas encontram-se extenuadas ante a atual condição da violência de toda sorte, não nos referimos tão somente a violência que a mídia nos presenteia a cada dia, empurrando para nossa consciência que o mundo realmente está em caos e que nenhum jeito ou forma repressiva exterior poderá salvaguardar-nos, em cooperação a isto acurados cientistas de todos as ramificações do conhecimento na década de 80 vaticinaram que mesmo tempo os mais elaborados sistemas punitivos, “igualdade social”, e tudo aquilo os cínicos e interesseiros poderes instituídos pregam ,ainda assim a violência perduraria, bem, mas porque perguntariam uns? Simples resposta, você colocaria talheres de prata e copos de cristal para macacos? Eis o motivo, será que tendo todas as condições externas favoráveis, o mundo viveria em paz paradisíaca? Claro que não. Um único ser humano não consegue isto. Porque a violência não depende de fatores externos, do contrário, classes nobres não sofreriam problemas da violência, no entanto o primarismo interior não escolhe classe, ele vaza tendo ou não tendo condições externas favoráveis, porque depende de conhecimento interno profundo, madureza de consciência e sobretudo capacidade de pensar um pouco além do próprio umbigo.
Diriam outros, então bastaria ministrar cursos auto-conhecimento nas escolas e a solução esta dada seria absoluta? Lógico que não, porque infelizmente ou felizmente o ser humano não é guiado tão somente pelos seus pensamentos, arrisco mesmo a dizer que é guiado apenas trinta por cento pelo pensamento e os outros setenta pelas suas emoções de natureza sublimada em raros casos, ou primária e violenta na maioria dos casos. A violência deriva de sentimentos pequenos, como egoísmo, ambição, vaidade, orgulho,ciúme, não estou dizendo que tenhamos de ser santos, longe disso, apenas que não tenhamos estes sentimentos em excesso, ao extremo, qualquer extremidade é uma insanidade, afinal todos temos um pouco disso em nossas vidas, mas nada deve preponderar, do contrário teremos fatais problemas, como agora por exemplo, muito está em voga a contradição das contradições, matar por amor! Poderíamos traduzir, matar por egoísmo.
Ante a este quadro de possibilidades insolúveis, violência contra o próximo, contra a natureza, contra si mesmo, o que sobra?Sobra a nossa tentativa, individual de entender os mecanismos da mente, como funcionam nossas emoções e descobrir em si os caminhos que a paz faz, tentar segui-la, mesmo que para isso tenhamos que “matar”, não o próximo ou ninguém sim, estes sentimentos que nos levam a ruína, quem nos levam a tristeza, ao desespero a dor, possamos dentro da responsabilidade que nos cabe construir um oásis de harmonia não no mundo, mas em nossa própria vida.

Bem vinda a paz.

Boa semana a todos.

Fabiano.

Nenhum comentário: