Pesquisar este blog

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Espécime

Teus silêncios gritam, tua ausência é tua presença, tua vida é a sombra da morte, o que te sobra é tua falta, teu tudo não contém nada..
A importância de tudo é significativa, essencial e interna, lá fora nada, lá fora a paisagem deserta, lá fora tudo morrendo em canícula causticante, calor que resseca, calmamente a momento, a momento.
És tua própria ironia, da tua morte, se descobre a vida, ela contem um veneno letal.Tua forma não é mais humana, corpo é humano para espírito supra-humano.
Confusão é certo.
Falas outro idioma, fala a voz divina em Ti, mas os ouvidos, sim os ouvidos só entendem egoisticamente a sua própria dor, que julgam ser a tua. Ignorância terceirizada, que fazer. Calar, e hora chorar.
És diferente em tudo, é certo, és uma aberração silenciosa, com a presença da dor que carcome tuas entranhas, mas dignidade de lhe farta.
Vive e morre, essa é tua singularidade e beleza, é tua compaixão e asco para aqueles que ainda não aprenderam a morrer.

Fabiano.

Ps:Dedicado a ti espécime, que passa, e a vida leva.

Um comentário:

Anônimo disse...

"A noite escura da alma..." Bela... doída... solitária...minha só minha...morrendo a cada dia para renascer...até quando esperar?...

Sheela