BEIJO DE JUDAS


A cada dia mais me convenço que nada, e absolutamente nada é absoluto, “verdades” consagradas são aos poucos atualizadas a luz, e o que é passa ser era, uma oxidação de conceitos que em todos os momentos da vida passamos, uma reciclagem ideológica que forma uma nova abordagem e atualiza-se com novo.
Judas sempre foi réu, mas após a descoberta de seu Evangelho (Judas Códice), descobriu-se recentemente que ele na verdade o mais sensível aos ensinamentos do Mestre, bem o referido evangelho chega afirmar que ele fez o que fez a pedido do Mestre, uma revelação?
Sinceramente não interessa se isto é verdade ou não, estas informações ditas apócrifas traduzem uma única coisa subjacente à falibilidade do ente humano, mesmo diante daquilo que seja nobre, superior.
Julgar é errado, e julgar a circunstancia é raro, porque não sabemos vestir a pele, as emoções, os pensamentos e, sobretudo a alma alheia, o fato ocorrido e isolado é só poeira. Crucificar Judas assim é desumano, porque ao avaliarmos com frieza, quem não teve seu momento Judas? Você afirma que não?Jamais?Judas o antigo, era mau e egoísta e não conseguiu interpretar os ensinamentos e voltou-se para o mais simples e previsível no ser humano, a sombra. O novo Judas era obediente e tinha uma noção profunda do Mestre, o único que o entendeu segundo no novo evangelho, então quem não foi egoísta em algum momento?Ou simplesmente não conseguiu entender algum “golpe” da vida, e não houve capacidade de interpretar, contextualizar, neste momento somos Judas!
Vestimos um personagem temporário, passa.
A vida esta em constante atualização, como a dizer que devemos olhar com mais profundeza a vida, deixar-mos acanhadas limitações e observa-la, com carinho e respeito, com força mas sensível as suas mudanças.
E sobre esta angulação a mal não existe, a ignorância sim.Tudo as vezes é um rabisco errante em busca da harmonia.

Paz em nossos corações.
Uma excelente semana.

Fabiano.