Urso Pardo, Papueira, tragos e putaria.
The End
Consigo meu espaço, meu feudo, minha ilha na explodindo
na solidão de todos. Olho a coroa com cara de puta. Gosto de putas, todas
elas...as boas e ruins. Consigo uma boa cerveja e fico ali olhando pra ela... ficamos
desenhando através do olhar caracteres medonhos de nossas loucuras não ditas.
Puta, putaria desenfreada maravilhosa capaz de nos dar
tudo... de bom e de ruim. É assim que vivo, é assim que desejo, e de uma
maneira muito tranquila estou cagando para as regras que você criou meu caro
leitor!
A cerveja desce como um veneno maravilhoso despertando
mais desejos... toco no meu pau...por cima da calça e olho pra velha, ali na
rua mesmo. Ela tem a cara da existência... visivelmente chapada de pó... tem
aquele sorriso de lado... e isso a deixava melhor. Ligo o foda-se
existencial... sorrio pra ela. Ela não tem nada a perder... e nem eu.
Eu a chamo para mesa... e ela me chama pra dela... ficamos
nesse joguinho besta. Olho bem pra ela...é velha, magra, tetas chupadas,
tatuada e parecia que não era muito adepta do banho. Gosto do cheiro
humano...seja ele qual for...gosto do fedor que exala do rabo sujo, do cheiro
de ranço debaixo das tetas suadas... e da buceta exalando o perfume de mijo
eterno.
Gosto de pensar isso, me excita...cara leitor. Neste
momento em que teus olhos percorrem as linhas a procura do sentido, meu pau
esta duro... duro como as pedreiras do Capão do Leão, duro e saindo um suco de
prazer na cabeça! Sim leitor escrevo de pau duro... e não faria isso de outra
maneira. Você tem e terá o meu pior e meu melhor, sobretudo minha verdade que é
desagradável tantas vezes. Agora estou tocando uma breve punheta antes de
seguir escrevendo pra você... você gozara comigo leitor... e seremos todos
infames como todos o são no quarto escuro!
Por fim a velha resolve vir pra minha mesa:
-Porra menino...tu és jogo duro hein? Que te custava vir
até ali...
-Tudo custa algo mulé...tudo... mas que bom que tu veio
pra cá! Gostei de ti...sabia?
-Que direto assim amor?
-Esquece o amor... tuas pernas secas são lindas...t eu
olhar perdido me encontra... tu és a poesia dos fudidos meu bem!!
Ela gargalha loucamente, chamamos atenção no Papueira... gostei
daquilo...ela não iria embora...sei quando tenho uma buceta na mão. Como um
torturador acostumado a bater, arrancando suor e sangue lentamente da vitima,
fazendo a verdade brotar espontaneamente.
-Cara tu é doido... tu achas mesmo que com esse papinho
besta tu vais me comer?
-Que você queria? A teoria da relatividade ou nona
sinfonia? Pra comer tem que ser um papinho besta, o chamado da natureza...é
simples...uma pica...e uma buceta e um encontro.
-Como tu sabes que eu tenho buceta cara?
-Isso depois a gente vê ...
-É assim que tu pensas?
-Não... mas ta valendo...
Nisso chega um amigo dela na mesa.
Um cara alto barbudão, estilho Woodstock. Sentou e queira
papo geral. Aqueles cara que querem ser amigão de todo mundo sabe como é? Esses
caras são foda. Então ela fala:
-Getúlio esse é o...
-Fabiano, prazer...
-Claro que é prazer...e o prazer é todo meu viu... –
disse o cara.
Senti o drama, o amor surge nos lugares onde menos
podemos prever. Elementos diferentes no jogo surgem... você precisa trabalhar
as ideias. A velha me interessava o woodstock não. Fiquei em silencio...e eles
falavam:
-E então Getúlio, conseguiu desenrolar o esquema aquele?
-Claro amor...o que eu não consigo desenrolar...sabes que
sou dotada né...
Eu os observava, aquilo parecia jogada ensaiada. Que
merda. Caro leitor e não tenho nada contra o cu. Nem o meu e nem o de
ninguém... mas minha preferência é um cu feminino...apenas isso. Cu sem pelos
é melhor... acompanhado de uma buceta
com pelos... tudo pra viagem.
Getúlio agora me olhava nos olhos... queria flertar
comigo. Eu era uma mosca no mijo... eles estavam armando pra mim... é isso você
precisa ligar o radar dos filhos da puta! Eu o rato fugindo da
armadilha...minha voz se perdia na multidão. Talvez aquele momento fosse o
momento de pular fora rapido, sabem quando uma sirene liga? Mas não...que merda
eu não pulo fora. Então a velha diz:
-E ai...Fabiano...a gente ta afim de fuder viu... mas
assim, o Getúlio aqui é meu amigo... e eu gosto de duas picas em mim...que tu
achas? Quero duas pirocas hoje...
Não respondi nada. Pensei apenas.
-Que é Fabiano, ficou com medo? Não gosta de suruba não?
Eu do conta dos dois direitinho... meu cu se come sem cuspe...viu? Um na buceta
e outro no cu...
-Não tenho medo de nada não... ta valendo...vamos matar a
cerveja.
Lembrei de Raul Seixas – quando você tem entrar num
buraco de ratos, de ratos você tem que transar!!
O preço de uma buceta qual é? Mais barato ou mais caro
que a alma? Sempre quis descobrir. Imediatamente me tornei disposto a tudo.
Gosto de desafios, fui sabendo que poderia me ferrar...talvez eles tivessem uma
arma? Talvez fosse roubado ou estuprado? E ai que você faria leitor?
Eu assumi o risco...e quando fiz isso, estava disposto a
matar ou morrer... a vida e sua experiência maldita. Eles poderiam ser
terríveis, mas eu estava disposto a ser muito pior que eles... e se nada
acontecesse... seriamos os três porquinhos do prazer...gozando porra em uma
velha decrépita e seca! A vida e sua linda poesia.
Me sinto em paz, havia veneno em minha alma... e quanto a
isso leitor, você se torna impotente, é um jogo que já ganhei, me entende?
Fodam-se.
Agora o Olhos de Gato... o veículo que substituiu o fudett
começaria a sua saga tambem. Carros contam histórias, o gol Olhos de Gato vai
ter o que contar, tenham certeza disso, vou me esforçar para corrompe-lo
completamente como o fiz com o Fudet!
Os convido para ir embora. Eles levantam...e entram no
Olhos de Gato. E agora, pergunto eu. Eu ainda nem sabia o nome da velha. Nem
sei que queria saber.
-Vamos pro meu Ap?
Diz a velha.
Rumamos em direção a Guabiroba. Dobra daqui, vira dali,
quebra aqui...e chegamos. A madrugada avançava pesadamente. Eu estou
insano...eles não falavam nada. O local cheirava a azedo, quando a porta se
abriu era um caos calado. Sujeira, cheiro de algo estragado, a casa estava uma
bagunça as roupas dela na sala, no chão...copos sujos a muito tempo... moscas
voavam, e calcinhas encardidas no sofá. Lar do doce lar. A vida é linda. Sem
palavras, sem mais delongas fomos os três para o quarto.
A velha foi a primeira a se despir. Fui tirando a roupa
devagar... e ela pelada na cama...começava a se masturbar para nos esquentar...
o barbudão Getúlio parecia tímido com a situação agora. E ai cadê o libertário?
Decidi me soltar como um show... fiquei de cueca...tocando no pau por cima da
cueca e balançando a pélvis como um Elvis de araque... me aproximei da velha
deitando na cama... ela virou a bunda seca e pentelhuda pra mim...e começamos a
nos esfregar levemente... ainda por cima da cueca... Getúlio agora despido foi
deitando devagarinho...pela frente da velha, com um pau murcho como a repulsa
de papai Noel... comecei a gritar e uivar...queria que o mundo pegasse fogo...
a velha gargalhava loucamente...e num movimento rápido...baixou minha cueca...e
enfiou o pau duro em seu cu áspero... um cu trabalhando e acostumado, de pregas
despregadas sem amor, com um histórico largo... entrou tudo de uma vez...e a
velha gemeu como uma cadela louca... uivávamos todos...
Getúlio ainda tentando esfregar na frente dela...
fazíamos um bom sanduiche... cheio de representação... gosto de shows
eróticos... ela só dizia: não goza no meu cu! Gozada é na cara... e então Getúlio
se manifestou forte: Fabiano...tu goza no meu cu depois ?
-Que ? disse eu – Agora não Getúlio, para com isso... vamos
acabar com ela primeiro...
Então a velha retrucou: Eu quero que tu comas o Getúlio
tambem... eu quero ver o Getúlio ser enrabado...ha,há,há...
-Seguinte pessoal... calma ai...ok...de boa...
O Getúlio fez uma cara de quem não gosta da ideia... e eu
estou atolado no cu da velha... não queria saber do rabo peludo de Getúlio...
eu ia gozar no pior estilo e iria embora rapidamente.
Então o bixo pegou. Os dois começaram com uma pressão sem
sentido:
-Seguinte... vai ter que comer o Getúlio!! Ou vai ter que
dar para os dois e ai?
Parei de fuder a velha... mas a porra já estava saindo do
cu dela... meu pau ficou mole como uma diarreia diante da pressão...
-Seguinte pessoal não vai rolar nem cu do Getúlio e nem o
meu...(já me vestindo)
-Que é Fabiano, dando uma de frouxo? Diz Getúlio...
-Sai fora cara...qual é a de vocês?? Te liga né...
-Não tem essa – disse a velha – vai ficando ai...se não..
-Se não o que porra?
Getúlio veio pra cima pra defender a amiga... eu não tava
mais afim de diplomacia...me cansa as vezes ser o bonzinho da historia... ele
veio com dedo em riste pra perto de mim...e não pensei duas vezes, dei uma
cabeçada no nariz dele... instantemente correu o melado! Tudo virou grito...
A velha enlouqueceu... o cara sangrando meio tonto...na
minha frente eu vestindo a cueca... ela aos gritos me mandando embora...Getúlio
dizendo que iria me matar depois... sangue escorrendo pelo chão...os vizinho
agora reclamavam do barulho...diziam que ia chamar a polícia... tudo virou um
caos...eu tinha que sair dali rápido... nem pensei duas vezes...e sai me
vestindo pelas escadas da Guabiroba...
-Filho da puta...tu vai ver... cara vamos te achar pela
rua tu vai ver – dizia a velha insana
pelada na porta... com o cu pingando porra...
Uma vizinha com rolos na cabeça:
-Isso é reduto de marginal “meso”... mas que merda que
horror essa gente...chamem a polícia... só tem marginal aqui...
Encontrei o Olhos de Gato são e salvo. Deia partida nele
e risquei pelas ruas detrás... desejando que as ruas me engolissem me
mastigassem e depois me cuspissem fora no meu quarto e de certa forma me
entregassem de volta ao urso que no início daquela noite devorava minhas vísceras.
Vou comer o cu do maldito urso agora. Boa noite.
Luís Fabiano
Final.