Apoteose flertando com a
sarjeta
Tudo e todos tem seu
máximo...
Tudo e todos nós, temos o
nosso momento...
Às vezes é tudo
As vezes vazio
Uns sorriem no abismo mais
denso
Outros choram na aurora mais
linda...
Apoteoses tecidas...
Das sanidades e loucuras que cada um traz...
Você está aqui...
Hitler dominando uma Alemanha
cega...
Júlio César masturbando um
cavalo...
Cristo sendo crucificado
Calígula decepando cabeças
para gozar sobre elas
A iluminação de Buda no silencio
Messalina trepando com a
legião romana...
O gol que Pelé não fez...
Um nocaute de Mike Tyson em dois segundos
A Monalisa sádica de Leonardo
O escravo que conseguiu fugir incólume
O casamento que funcionou...
A Capela Sistina vazia...
A Nona de Beethoven
A picada da cobra Rei...
Um tigre te olhando fixamente
A doença fatal que você
venceu
O fio de uma navalha
Apoteoses...
Mudas
Berrantes
Doces
Amargas
Quando você encontrou e foi
encontrado
Quando os teus filhos cresceram
felizes
Quando os nós foram enfim desamarrados
A saída luminosa do labirinto
Você conseguindo morrer
tranquilo
Apoteose
E estrelas sorriem enquanto
você dorme
E a lua refletida com a
mesma beleza
tanto no oceano
como
Na sarjeta.
Luís Fabiano.
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