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segunda-feira, janeiro 13, 2014

Noites dos Fudidos e a Beleza dos Desesperados




Noites dos Fudidos e a Beleza dos Desesperados

 FINAL.

 Promessas de sexo são sempre melhor que o sexo em si. Não alimento ilusões, sei que as pessoas podem oferecem algum prazer, mas o tal prazer é sempre abaixo que a imaginação cria.

Não existe a foda dourada, não existe a buceta de ouro, ou o caralho encantado ou mesmo o cu divino. Não há. Por isso asfixio sempre meus sonhos, todos eles, vivo a realidade mais rasteira, quero ser a barata feliz, a minhoca de asas, sucumbindo um dia quente... visceralmente com a realidade incendiando minhas vísceras. Eis o que quero.

Eduarda era maravilhosa, isso era inegável. Não precisava de mais nada. Nada de amores complexos, nada crises de ciúmes, nada de brigas, apenas uma foda e um adeus...até breve? O Fudet desliza pela Duque de Caxias, noite quente. Era daquelas noites venenosas. Quem sai a noite sabe o que estou dizendo. Aquelas noites que tudo sopra o bafio do demônio. Gosto destas noites... mas é preciso ficar atento. É preciso saber ler a noite. Porque pode dar merda.

Vou ouvindo Joaquin Sabina - De Purissima y Oro !
Próximo ao Farroupilha, tem uma viela que é a rua de Eduarda. Estaciono na frente. Luzes estão apagadas. Tudo bem. Bato na porta, Eduarda abre a porta em grande estilo...de lingerie vermelha. Eduarda era o sonho de qualquer macho. Ao vê-la assim, meu pau sobe imediatamente, tenho vontade de come-la ali mesmo na porta, com as pessoas passando. Gosto de shows eróticos... já trepei com gente me olhando e gosto disso, não fico inibido, bêbado é melhor. Isso me faz lembrar de um casal com grana aqui em Pelotas, ela uma loira meio velha, mas estava inteira. Eu os conheci na noite. 
Bem a mulher queria trepar com um negro...coisas de fantasia sexual, eu queria trepar...mas o marido queria assistir. Por mim tudo bem...eu não tendo que comer ou dar, já é. E foi isso que ocorreu. Fomos para casa deles, uma boa mansão. O maridão sentado no sofá...enquanto eu devorava a esposa dele... ele ficou ali cheirando um pouco. Fantasias...a loira fudeu, chupou...deu o cu de quatro, e o marido apenas sorria, parecia feliz. Depois de duas horas. Fui embora, na porta apenas o cara foi se despedir então, ele puxou umas notas de cem reais e me disse:

-Toma aqui. Esquece essa casa, esquece essa mulher, entendeu? Se eu tiver que tornar a falar contigo, não serei tão gentil.

Olhei bem pra ele, peguei a grana, olhei novamente, ele não era tão forte assim... um soco no pescoço ele iria ficar pensando onde estava o oxigênio do mundo! Mas não. Fui embora e nunca mais os vi. Mas eles são uma boa história.

Agarro Eduarda, a beijo, vejo que esta flácida, bêbada, drogada e sorri com facilidade, a porta está aberta, ela não fala nada...ajoelha-se a porta e tira o bixo pra fora...vai lambendo lentamente o saco...elogiando o meu saco grande. Tenho um bom saco. Eduarda sonho de verão, não tem pressa, lambe gostoso minhas bolas e vai subindo pela base do pau...até chegar a cabeça do pau. Boquete é uma arte. Fico ali encostado na porta, pessoas passam na rua e olham aquilo, vizinhas e uns caras, ficam ali, talvez curiosos ou querendo participar. As pessoas normais gostam de putaria.

Eduarda chupa me olhando nos olhos, lembra muito Jussara. Ela quer meu leite na garganta... por fim depois um boquete alucinógeno, ela recebe o leite que tanto quer... Eduarda não está totalmente normal... na rua as pessoas batem palma, não sei pra mim ou pra ela. Mas fodam-se. Dou um boa gozada nela... leite cai da sua boca, deslizando entre os seios. Baita recepção.
Então entramos, fechamos a porta. Eduarda parece exausta demais. Esta estranha. Se joga no sofá... estra drogue, fala mole como se tivesse próximo de uma overdose. Deus dá o presente e o diabo a dívida. Falo com Eduarda:

-Ei Eduarda que há? Ei...ei...
-Sei lá Fabiano... to muito chapada...háháhá...
-Tudo bem...mas que tu tomou?
-Tudo... tomei tudo cara, quero morrer...me chapei, cheire, pílulas...

A luz vermelha acendeu em mim. Puta merda Deus. Talvez fosse a hora de mandar...deixa-la lá... entregue a própria sorte. Pensei nisso. Toquei nela, Eduarda estava gelada... a pressão talvez tivesse baixando demais. Puta que pariu...ela parecia uma minhoca flácida apagada, entregue a um destino desconhecido, parecia um verme expelido pelo cu...com uma calcinha linda. 

Eu tento ser filho da puta por completo, mas por vezes é difícil. Ela não me havia nada de ruim, antes pelo contrário...me deu prazer, me deu sua beleza, e agora tava mal pra caralho. Já maltratei quem sacaneou, fiz com certo gosto. Agora eu estava em uma encruzilhada.
Decido encarar a situação.

Vou até ela, e ergo um pouco. A coloco mais acomodada no sofá. E dou uma vasculhada na casa, pra ver se acho alguma coisa. A casa está um caos, olho no banheiro. É típico, as pessoas tomam pílulas no banheiro, gostam de se matar no banheiro. Acho uma boa quantidade de pílulas que ela tomou derivados do valium. Se ela tomou tudo aquilo uma merda grande vinha caminho. Vagabunda, puta que pariu vagabunda. Puta que pariu...sua vaca linda porque você fez isso? Mas que merda!! Ficou com um pouco de raiva. Não perco tempo, a visto com uma saia e uma blusa leve e solta e coloco no fudet. Vou em direção ao um pronto atendimento, pago, é claro. No PS a coisa não iria funcionar.

A jogo no carro...e o fudet é um risco na Duque de Caxias... Eduarda não responde mais, esta meio morta, desmaiada não sei. Tenho o coração apertado, ela é tão linda, tão frágil como cristal, queria brincar de morrer? Ela morreria comigo? Não queria que isso ocorresse. A vida faz coisas estranhas. Chego um pronto atendimento na Osório. Ela estava leve, pego-a nos braços... parece não respirar... entro aos gritos no local, as pessoas se assustam:

-Ela ta morrendo...por favor ajudem... ela vai morrer...

Foi como se uma bomba tivesse sido jogada no local...meu filme da vida real. Que merda. Duas mulheres surgem...a sala de espera entra em desespero, uma criança começa a chorar, entrei aos berros, eu a levo para uma sala de procedimentos. Eles são rápidos... em fazem muitas perguntas:

-O senhor... que ela fez?
-Tomou pílulas, se chapou demais e bebeu... acho que queria morrer...

Fico ali...olhando, ela mal respira. Injetam coisas nela. E vão pra lavativa, era preciso tirar aquela merda dela. Eu a morte temos um caso, já vi tentativas de suicídio, já vi sangue abundante por ai, já tive sustos com a morte alheia. E agora isso. Um boquete maravilhoso se transformou em hospital.
Sou retirado da sala de procedimentos, enfiariam uma mangueira no cu de Eduarda. Aquele cu que lambi com tanto gosto. Fui para sala de espera. Tinha uma senhora que me olhava como se eu fosse um assassino. Eu não fumo, mas naquela noite seria uma boa noite para começar a fumar.
Passados quarenta e três minutos depois, a medica vem até mim.

-O senhor é o responsável pela Eduarda?
-Sim eu mesmo.
-Bem, ela ai ficar bem, mas se o senhor não a tivesse trazido...ela morreria. A pressão dela tava muito baixa e caindo, agora ela está voltando e estabilizada. O senhor agora pode preencher os papeis ali na recepção?
-Claro.

Eu havia me esquecido que a vida tem preço. Mas agora que isso importava? Umas cervejas que não tomaria? Preencho papeis, pago no cartão, depois vejo como isso fica. Eduarda viveria... mas até quando? Começo a chorar, um alivio no peito, como um traço tão forte que grita em um silencio profundo, misto de tristeza, Eduarda puxa vida Eduarda. Eu o maldito entre a vida a morte. Ela tão linda, uma borboleta suave, despindo a vontade de morrer.

A atendente me olha, parece que esta comovida com minha dor. Não queria pensar mais nisso. Prazer e dor por vezes rimam.
A noite virou dia, eram oito horas da manhã. Eduarda me olha, e tem um sorriso lindo, olhos languidos, renasceu.

-Fabiano...me desculpa...tu é o meu salvador...
-Não Eduarda, eu não costumo salvar nada a minha volta.

Ela sorri leve.
A medica entra e disse que podemos ir embora. Eduarda esta meio mareada, mas medica disse que é normal em função dos medicamentos.
Ganhamos rua, o sol brilhava forte, o calor intenso. Mas você sabe e eu também sei, que a história poderia ser completamente diferente.
A deixo em casa, e ela me pergunta antes de sair:

-Que vais fazer Fabiano?
-Agora?
-Vou cair na minha cama e morrer.
Ela sorri, eu também. Até a próxima noite.


Luís Fabiano.


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