Desconstrução
O que funciona
É que tu não compreendes
Passos de um desamor em desassossego
Olhos que se voltam contra as correntezas
Não quero o que todos querem de ti
Nem possuir o que possuis ainda
Quero passear tranquilo entre os ciclones
Me inquietar nas estradas sem pedras
Quero teu carinho quando tudo for impossível
E não preciso ser feliz para sempre
Porque nada é...
Sim...
Quero que o longe nos aproxime
E a escuridão ilumine as luzes que nos cegam
Teu sumo amargo
Acalentando poesias doces quase decentes
E teu querer, asas de um gavião
Não vim aqui para te dar algo...
Mas para que algo acorde em ti
Entre as dores das rosas
E espinhos tecidos de carinho
Quero o que cala, grite
E que guerras sejam gentis um pouco
Que o amor não tenha regras
Quero que a imperfeição seja meu aprisco seguro
E que possamos nos perder para nos achar
Tua negação como sim
Teu sim como como fuga
Tua fuga como encontro
Teu encontro perdição
Tua perdição a fé
Da fé desespero
Desespero teu sorriso
Do sorriso tuas lágrimas
Tuas lagrimas o barro
Do barro a obra
Da obra a destruição
Da destruição recomeço
E sempre saber que passa...
Passa o tempo
Passam as flores
Passa a vida
As noites
E o amanhã também...
Desfazendo lentamente o que segundo habita
E ali
Naquela zona a deriva...
Estaremos sendo o que somos
Um algo do breve.
Luís Fabiano.
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