Derrotado
Se arrastando no bar da esquina...aquele...
A espera de companhia
Tinha um aspecto calmo
E uma certa envergadura solene
A glória vestida de micose
Pele repleta de ulceras
Bêbado e mais bêbados
Conversavam com ele
E ele sorri nas asneiras
Mas a verdade nem se dá conta que perde
Nem mulher
Nem emprego decente
Não tem uma ereção a muito tempo
E reflete o mundo como um broxa
Derrotado em um banco de bar quase sempre
Em compõe meio copos vazios
E quando o bar fecha
Ele caminha nas ruas de Pelotas
Álcool e cigarro
Ruas retorcidas de asfalto, areia e pedra
Em uma noite sem sonhos
É preciso ir pra casa
Mas não há casa
Achar o abrigo da alma
Mas nada disso parece estar ao seu alcance
Ele sorri
Eu o observo
O derrotado queria vencer ao menos uma vez que fosse
Destino gritando vísceras em uma trilha sem fim
Apreensão no peito
Sem voz...
Tanto silencio e agora?
Madrugada avança afiada
Então uma barata cruza seu caminho...
A vitória brilha...ali...
Cleck !
Luís Fabiano.
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