Bárbara
Há uma inquietação em Bárbara
Respostas que não acontecem
Perguntas demais
E um sentido que parece escapar de si
Sua mente, sempre está indo ao encontro das estrelas
Mas nada deve ser assim, todo instante
Bárbara voa
Bárbara ancora
Bárbara sem limites
Passou a vida inteira assim...
Livre
Livre demais,
E a liberdade se converteu em um fardo
Uma estrangeira, forasteira a todos
Tanta liberdade, agora era uma poluição desejos
Julgamentos tantos
Fáceis, frágeis, azedos...
Palavras demais
Virtudes de menos
Uma sociedade lamentando em coro cego
Nas dobras do amanhã incerto...
Dizem...
Bárbara tu não podes ser assim
Bárbara, tu precisas um molde
Bárbara, onde estão tuas algemas?
E ela brigou consigo...
Comigo...
E com você também...
Para que as respostas fossem exprimidas
De si...
Bárbara linda e profissional
Bombardeada por vozes e silêncios
Sufocando solidões
Suas certezas vacilaram
A flecha, se perdeu do alvo certeiro
E sua voz se mistura ao turbilhão de tantas vozes
Bárbara vem até mim...
Me pergunta se esta certa?
-Não sei Barbara...você tem que saber...
Torne a se ouvir... e se você estiver feliz ali...você está
certa
Ela sorri e abre mão...
Bárbara acha o molde...
Bárbara filhos e lar
Bárbara casa, louça e responsabilidades estranhas
Bárbara e sua ilha de felicidade fervendo no escuro
E agora...
Neste momento mesmo...
Em que seus olhos lixam estas palavras...
Ela procura então o que perdeu...
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário