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domingo, junho 09, 2013



Navalhadas Curtas: Prova de amor

O desgaste já estava nos permeando, então parece que tudo provoca. Que merda. Nos provocávamos, e tudo era uma prova final.

As vezes gosto que as coisas virem merda. Eu bebia rum, via teve, pés na mesa de centro, coçava o saco... Estava na paz de Buda, aleluia!
Ela andava com uma vassoura, de um lado para o outro, eu estava já naturalmente irritado, limpezas são insuportáveis, então veio o torpedo:

-Fabiano... Tu me amas?

Mentir é mais fácil... Mas a verdade veio a tona como um vômito incontido.

-Não...
Segui vendo tevê, e ela não pareceu acreditar, fez aquela cara tipicamente incrédula... Cara de abdução... e seguiu firme:

-Mentira tua... tu me dá uma prova de amor?

A vida é um exercício de criatividade, às vezes. Tudo bem, pensei... Abri o zíper e tirei o pau pra fora.

-Amorzinho... Vem aqui... Heim... Vem... ”totoza”... Vem malhar o ferro... vem beijar o rabo do capeta...heim...hum, hum...vem...

Eu fico ali, balangando o pau, numa dança do acasalamento... enquanto ela me olha escorada na vassoura... Então ela sai da sala de-repente, a porta do quarto bate.
Puta merda, as pessoas não sabem se divertir.


Luís Fabiano.

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