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sábado, outubro 13, 2012




Tua Boca Em mim

Vem em mim como neblina serena do amanhecer
Querendo sem querer
Sorrindo como um vampiro na jugular
Mergulha tua língua dançarina em minha boca
Carne e alma
Fiapos e pelos em gotas de orvalho que lubrificam

Me sugas com tanta força
Que a paixão que se confunde com instinto
Como vicio inescapável do ilícito
Tua vingança as avessas
Tua garganta, a vagina faminta sem palavras
Lambe a cabeça como um filhote a teta...
Morde sem apertar
Como um torno de veludo e felpas que se dobram
Espinhos de seda

Então no  teu fervor maior que tua fé nos arcanjos
Te entregas a loucura infame de cadelas incendiadas ao anoitecer
A égua brutal gemendo, mijando e berrando blasfêmias fotográficas
Diante do reverso do destino
Destilando um querer vertiginoso e venenoso
Que adoro como a cura das feridas eternas
Então empurro até a garganta funda
O poço do bem e do mal
Provocando tuas ânsias de vomito, tosse e lagrimas ao mesmo tempo
Mas não paras, não freias, não diminuis,  como um trem sem freios em trilhos sabão
Cujo destino é uma ponte destruídas para o abismo
Meio vida, meio morte
Perdição e salvação em um só golpe

Pede-me pra chamar de puta, vadia e vagabunda e outras coisas piores...
És a minha quinta sinfonia de porcos famintos felizes
No lodo do encanto, carinho e amor
Não vais parar até matares a sede
Fico nisso, sorrindo
A porra amor, misturando-se em tua merda fértil
Nem sombra ou ambulâncias em silencio
Então como o equilibrista do arame eu caiu nas tuas garras
Mordes de leve arrancado
Pedaços de minha alma, sangue e esperma doce como dizes

Teu sorriso se mistura a minha porra
És o feto satisfeito a espera do fim
Então se ergue, a promessa paga, com joelhos marcados da escada
Me beija e quer adormecer em mim
E dizes: amor me guarda pra sempre no teu coração e no teu cu?
Ficamos nos olhando, os cumplices do crime de amor
Mudos...
E a abraço como se fosse a ultima vez de nossas vidas.

Luís Fabiano.


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