Navalhadas Curtas: No supermercado
Definitivamente eu transpiro malicia. Minha natureza é
assim. Uns vêem o mundo pela poesia, e uma foda transforma-se em amor sem
maculas, outros veem através da ciência, e convertem o prazer em reprodução.
O mundo não é o que se apresenta diante de ti... Mas é o
que você consegue perceber... De você mesmo. Porra isso ficou profundo pra
caralho!
Tudo pra dizer, que quando cheguei ao caixa do
supermercado, a atendente parecia feliz demais, como tivesse ganho um aumento.
Ela passou as coisas pelo leitor de barras, e eu lhe
mostrei o cartão para pagar... Então:
-Tu podes enfiar pra mim, por favor?
Eu imagino a minha cara sacana para ela. Ela sorriu com a
leveza de uma puta convicta. Eu pensei. Disse:
-Tu tens certeza disso?
Então houve um silencio intimo, onde ambos sorrimos com
malicia... Por um breve instante meu mendrulho até ficou meio duro... Então ela
respondeu:
-Insere pra mim vai... O cartão aí no buraquinho... Da maquina...
Claro que era safada.
Inseri.
-Senha por favor.
-E o teu telefone?
-Sou noiva moço... Mas...
-Já sei, ele não é ciumento?
-Pode retirar o cartão...
-Nossa transação tá concluída?
-Acho que por hoje sim...
-Tudo bem, eu volto outro dia... e...
-Beijos... Tchauzinho.
E eu tinha ido comprar apenas salsichão...
Luís Fabiano.
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