Navalhadas Curtas: Pragas, maldições pra amanha...
-Um dia tu vais pagar muito caro por tudo que fazes
Fabiano...
O copo ainda estava pela metade de rum. Não o abandonaria
assim, tão fácil. Pé na bunda não é uma das melhores coisas de receber... E
acho que pior ainda ter de dar, era meu caso.
-Todo mundo paga por alguma coisa em algum tempo... No
fundo todos se fodem, tudo é uma questão de tempo... Só esperar.
-Tu vais ver... Vais encontrar uma mulher que não presta,
que tu vais te apaixonar, ela vai fazer gato e sapato de ti... Ela vai te
cornear tu vais ver...
-Talvez na próxima vida. Nesta já estou calejado o
suficiente e otário também... Então essa mulher está pra nascer (rindo) de mais
a mais, corneado? Bem, quem não foi? Tá tudo bem.
-Vou ter o prazer de te ver doente, implorando pra alguém
te cuidar... Sofrendo e podre, o teu dia vai chegar cara... Podes ter certeza
disso... Tenho tanta raiva de ti que te mataria agora se tivesse coragem...
-Olha, se eu fosse me preocupar com o futuro, não fazia
nada na vida. Quem vive com “regrinhas” é cativo destas regrinhas... Fica tranquila,
já disse que todos se fodem no futuro. E para de lançar pragas, faça o que
todas fazem, faz um despacho, macumba pra eu ficar broxa, não ter ninguém, ser
triste e essas coisas... Com o tempo serás atendida. A fila é grande.
Havia aquela tensão no ar, nervos elétricos a flor da
pele, o botão vermelho de uma bomba nuclear e muita vontade de aperta-lo.
O copo agora estava no fim, meio aguado.
-Já estou esperando a tua desgraça cara...
-Compra um banco... Já nasci pronto pra morrer.
Sai.
Luís Fabiano
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