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segunda-feira, junho 04, 2012



Que porra de amor é esse...

As vezes não sei o que esperar
Deixo o barco correr enquanto entorno um pouco de rum
Acho as palavras alheias fáceis demais
Saem como se fossem um vomito da ressaca 
Então não sei em que acreditar...
As certezas é uma alucinação passageira

Ela dizia que me amava... Como quem chama um cachorro no quintal...
Eu disse: ok baby... Você esta feliz assim?
- Não - ela disse
-Porra baby – eu disse – se não esta feliz, que amor é esse?
-Eu queria que tu fosses completamente meu – ela disse.
Me senti um animal de zoológico
Amor nem sempre é barato... Como qualquer coisa tem preço
Bebi mais um pouco, e o silencio era lamina refletindo a alma

Então o telefone tocou, minha serenata do inferno
Como ambulâncias em agonia...
-Alo?
-Fabiano eu te amo...
-É?
-Faço qualquer coisa por ti...
Eu ri... disse: não prometa coisas que não pode cumprir...
O amor é muito exigente...
Ela desligou...

Eu estava bem aquele dia, minhas respostas fluíam como vomito
Um boxeador em boa forma... dando socos no ar...
Então eu disse: você já olhou os olhos de um leão por detrás das grades?
Parecem mortos, não?
O brilho se apaga lentamente, como as pegadas na areia...
Ela parecia firme no proposito de me algemar...
Não queria mais seguir naquele papinho, eu disse: vamos trepar amor... Não percamos tempo... Depois resolvemos a filosofia...
Mas vocês sabem como é a natureza...
Quando se pensa demais, não se faz merda nenhuma...
Então eu sorri novamente enquanto meu pau amolecia, como uma piroca de algodão...
A condição do amor é: não exigir absolutamente nada, sem isso não é amor...

A porta bateu rápido e tudo estava bem
Vivo a intensidade que se derrama
Sem esperar absolutamente nada da vida... sem exigir nada de ti...
Minha paz habita o segundo que respiro
E quando abraço, minhas asas estão abertas em teu dorso
Em direção ao alto.

Luís Fabiano.

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