* Punhetas Celestiais – Pelancas do amor *
As decepções por vezes se sucedem, dominós caindo uns
sobre os outros, árvores partidas na sonata da motosserra, uma suavidade
mortiça engolindo devaneios. Vida prática e fim.
Não posso negar, gosto desta merda que é a aventura de
viver, com tudo isso. É preciso achar o prazer de estar aqui, de fazer algo que
te catapulte a alma.
A maior parte do tempo nos comportamos como escravos
mentais... os cativos da ilha... o hino da desgraça doentia e egoísta, tornando
tudo a nossa volta pesado... o chumbo do caralho divino pesando sobre nossas
costas! Fuja disso enquanto pode...
Não pode ser diferente. Na época eu andava perambulando
pelo bairro que vivia. Um bom lugar, pobre é certo, na COHAB Fragata, mas que tinha
todas as possibilidades de diversão. Festas, bebidas, drogas e mulheres.
Tinha poucos amigos e contava com dezessete ou dezoito
anos. Sempre fui uma espécie de antissocial nato, tenho orgulho disso. Acho até
hoje, que raras pessoas são realmente interessantes, que tenham algo a oferecer...
de um modo geral todos gostam é de revolver a sua merda... de cada dia. É
normal... mas que cada um cuide da sua merda.
Minha diversão eram as boas punhetas que batia, inspirada
por algumas vizinhas gostosas. Era assim, tinha um pau constantemente duro. Nos
dias de hoje não mudou muito, continuo com muita sensibilidade erótica, algumas
mulheres gostam disso... outras acham que sou louco, um descarado... um
tarado... estas coisas não me ofendem... considero elogios. Obrigado.
Realmente gosto. Comecei minha vida sexual muito cedo,
uma empregada fez as honras de tirar o primeiro leite da minha piroquinha seca
na época... naturalmente ela se tornou inesquecível. Mas depois vieram outras...
inesquecíveis. Mas especificamente nesta idade, havia uma mulher que morara
distante de minha casa. Dona Olga.
Muitas quadras... valia a pena caminhar longe para vê-la.
Era uma velha... meio acabada, para mim na época, devia ter uns cinquenta anos.
Era alta, tetas imensas e bicudas, sempre usando um vestido surrado de rameira
e as pernas... porra quantas punhetas aquelas pernas inspiraram... apenas para
constar... eu continuo com as punhetas, passados vinte e três anos depois não
dispenso uma punhetinha matinal... mas os motivos de minha inspiração
mudaram... é assim que se vive... é preciso mudar as vezes... atualizar
conceitos... hoje gosto de pelos pubianos... a esfregação na xoxota...e o
cheiro me inspira.
Tornei-me melhor? Pouco importa, sigo me divertindo e
fazendo a alegria de muita gente. Um grande amigo meu... chamado Rei das
Bucetas, sempre diz: punheta é treino... e treinar é importante, ajuda a manter
o ritmo.
O cara é um sábio.
Talvez aquela mulher tenha sido meu primeiro amor. Depois
do centésimo amor eu parei de contar... uma fantasia louca, doce e poética. As
vezes ela estava encostada no muro, fumando maconha ou um palheiro qualquer. Era
pura graça... minha Monalisa desmaiada, minha pirâmide do Egito amordaçada em
sonhos... eu passava olhando pra ela. Era muito tímido. Ainda sou. Era uma
curtida. Eu passava ali... ficava olhando pra ela... e sentia meu pau crescer
na calça. Chegava em casa e homenageava Olga. Dona Olga... minha vagabunda eterna...Olga o
sonho, a xoxota de ouro... mijando alegrias de amor, ejaculava quatro ou cinco jorros
grossos depois. Fantástico.
Mas ao que parece, Deus resolveu me da uma força. Um dia
nestas passadas diante da casa dela, Olga me chama. Fiquei muito nervoso, o
coração batia rápido, uma bomba... lá estava ela, linda... aquela pele manchada
no rosto possivelmente do fumo... um olhar estelar de vagabunda mor, o mesmo
vestido, sem sutiã... naquelas tetas meio caídas e perfeitas ao mesmo tempo,
naturais e o cheiro... porra o cheiro de Olga. As misturas do demônio, falta de
banho... suor, cigarro, cachaça, hálito carregado, possivelmente de dentes
cariados e um leve tempero de urina...todos cheiros juntos, era a execução da
Cavalgada das Walquirias... Wagner... o grito dos deuses profanos.
-Venha cá garoto... venha...
-Oi...
-Todos os dias passas aqui... hein... que fazes pra cá?
-Nada não... eu apenas tava dando uma volta...
Eu estava pertinho dela... e claro meu pau subiu. Tentei
ficar de lado... escondendo a ereção. Porra, naquele dia eu chegaria em casa...
e bateria cinco punhetas pra ela.
Ela percebeu a ereção... e sorriu safada. As mulheres as
vezes são foda. Então ela se tornou provocante... lindamente provocante. Passou
a mão nos seios...
-Que isso menino... não se envergonhe não... eu já vi
tudo... você gostou do material aqui né?
Era inegável. Sorri encabulado... então ela discretamente
tirou minha mão da frente do pau... e o pegou com suavidade...ual. Sorri com
olhos fechados.
-Nossa menino... que pau duro você tem... vem aqui vem...
Com esta ordem... ela me convidou para entrar em sua
casa. Aquilo não era uma casa por dentro. Era horrível. As paredes estavam meio
destruídas, sem reboco, tudo muito simples porem... um cheiro de esgoto no ar,
mas foda-se... a vida, a gloria tem seus
desafios. Cheguei ao quarto dela... uma cama em caos desarrumada e lençóis
sujos... então ela agiu como os sonhos: tirou a roupa toda de súbito... e foi
tirando a minha lentamente. Olhou meu pau... lustroso... e o sugou com toda
vontade. Aquilo não demorou muito... gozei... e seguia com pau duro ainda... bem,
a partir dali... foi algo... não paramos por duas ou três horas não lembro
bem...
Ela me dizia: Bate
negro... me bate... filho da puta... me bate seu merda do caralho...
Esse descontrole ecoaria eternamente nos meus ouvidos... a
primeira vez que desci a mão com vontade, num prazer mórbido e delicioso
sadomasoquista. Ela adorou, gozava como
uma cadela cio... abria a xoxota e mostrava... olha como esta molhada
escorrendo... porra.
Foram as horas mais felizes de minha vida... na época. Minhas
visitas se tornaram mais frequentes... e a coisa foi ficando mais pesada,
bebidas...mais porradas...era uma professora perfeita. Que merda... eu não
lembro de nenhuma professora que tenha marcado minha infância e adolescência
desta forma, ou mesmo quem me ensinou a ler escrever, mas de
Olga... bem.
Somos assim brutais... movidos por coisas que se escrevem
em nossa alma. Meus conceitos sobre mulheres mudaram a partir deste dia...
virei o ingrato do descontrole famigerado... o adorador de bucetas apaixonadas.
Esse é o meu amor possível... minha vida brutal, minha
alegria sem mais...
Luís Fabiano.