Porra e Paz na lagoa
Gosto do laranjal ao amanhecer
Um intervalo luminoso de calma dourada
Silêncios e ondulações fulminantes
Gosto da lagoa dos dias quentes
Eu, uma cadeira, um livro e a paz... as vezes
Inevitavelmente como um jogo de dominós
Uma coisa acaba levando a outra
Bem estar da alma, dá ao corpo prazer
E naquela manha, a lagoa estava transparente
Uma ou outra pessoa passava por ali...
Tinham muita idade... tetas e bundas caídas no horizonte
Velhos levantam cedo...
Tudo bem... isso não deveria nos incomodar
Gostava daquilo
Não pelas pessoas... ilustres desconhecidos...
Por amar contradições bizarras...
A beleza da lagoa abraça a todos
E eu sorri como um demônio feliz
Penetrando todas aquelas xoxotas desconhecidas...
Meu pau sobe desafiando a sanidade
Entro na lagoa...
Deixo me levar
Pelas deusas das aguas, não importa o nome...
Nado um pouco, e fico barriga pra cima flutuando na solidão...
A porra celeste
Então com todo carinho... vou batendo uma punhetinha leve
Não sem saber se iria gozar ou não...
Entreguei-me a lagoa como não me entreguei a muitas mulheres
A Lagoa minha puta, minha vadia
Suga meu pau, digere minha alma
Fode com tudo, corrompe o meu melhor
Rasga os meus desejos e estende teu abraço
Molhado de todas as xoxotas gozaram em ti...
Minha porra se mistura aos peixes, ao mijo a merda... a luz
A ausência de gravidade... saindo lentamente em boa quantidade
Minha vida fazendo parte da tua vida
O caralho com asas de anjo
A beleza sorrindo ao amanhecer...
Acho que me afogaria com todo prazer.
Luís Fabiano
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