Vestido branco
Decifrei-me quando se despia
Meu mistério alucinógeno
De fantasia malsã
Gosto assim...
Nem noivas menstruadas, nem anjo de barro, nem santa devassa...
Uma imagem profanada por mim lentamente
Em dor, agonia, vigília e prazer
Ela se despia...
A serpente trocando a pele...
Despindo em mim a verdade
A puta do altar
Isis de porra nenhuma
Meu gosto numa revelação atroz
Tingindo meu desejo
A foderia daqui até o céu bêbado...
Cai um véu
Rasga-se o sonho vazio
No vestido amassado abandonado no canto
A morte lenta do encanto que se foi
Nem forma ou transparência
Abandono de uma porra dormida
Antes deusa
Depois nada
Essa é a vida...
Uma catapulta sempre pronta a te fuder...
Lançando pra longe...
Uma coisa pra mim...
Descobri que vestido branco
É a pele que ela não tem
O poema vivo no corpo de uma mulher...
Sibilando formas sem formas...
E a mente pegando fogo...
Transformando sentimentos em ereção...
Luís Fabiano.
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