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quarta-feira, maio 04, 2011



Ancorado nas Nuvens

Venha devagar dama de ferro
Não pise nos meus culhões
Como quem esmaga meu coração
Seja doce e delicada como a neblina matinal
A poça d’água refletindo o céu
Hoje não quero tua sinfonia de horrores
Nem dores marchando em coro
Quero beijos suaves
E a maior chupada deste planeta
Não me deixe só
Não hoje, quando o mundo me fere
Quando silêncios rilham os dentes
Quando os sussurros me inoculam veneno
E minhas asas permanecem encolhidas
Se der...
Quero ficar agarrado a ti
Como minha ancora e catapulta
Arremessando-me em profundidades eternas
E mergulhando em universos internos
Carinhosamente agarrado as estrelas
Furiosamente aquietado em ti
Por hoje apenas baby
Deixa-me sonhar um pouco
Com nuvens de algodão
E campos de centeio refletindo a vida
Ainda que seja por um segundo
Esqueçamos as merdas da vida
E calemos em comunhão
Sinto sede de teus beijos
Fome de teus abraços
Ternura demasiada do que és
Por um momento quase não me sinto eu
Mas uma maré que sobe e desce a procura de paz
Nem sempre a encontra
Mas tudo termina bem
Ainda que sejas
Apenas uma ideia ao sabor do vento

Luís Fabiano.

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