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quarta-feira, março 09, 2011


Navalhadas curtas: Tele-reclamação...

O maldito telefone toca. Do outro lado da linha o marido de uma ex-amante minha, me pergunta por que não quis mais sua mulher? Ela não parava de chorar...

-Ela é muito chata, como quase todas as mulheres casadas... queria transformar nossos encontros no seu casamento...ela não quer um amante, ela quer outro marido.
-Puta merda, assim não dá... ela só faz merda...eu disse pra ela...
-Sei, eu não quero mais, deixa ela cara...
O marido feliz sorri do outro lado e diz:
-É, acho que vou fazer isso também...
Desligo o telefone pensando... acho que ela não vai gostar.

Luís Fabiano.

Um comentário:

Unknown disse...

Fabiano, meu caro, teu texto tem o som de serra elétrica. Quem quer suavidade, ao menos numa primeira olhada, não a encontrará aqui. Entretanto, como almejam todos os grandes textos, o objetivo é tornar a suavidade palpável, ainda que o caminho seja duro, abismo tanto de um lado quanto de outro. O melhor exemplo que eu poderia oferecer-te, caríssimo amigo, é de um coração pulsando forte na palma da mão, sangue escorrendo por entre os dedos. Suavidade em estado bruto. É possível isso? A escrita marginal diz que sim. Rezemos, então.