Por alguns momentos da vida é preciso sair dos eixos. Foi exatamente assim que me senti, quando ouvi pela primeira vez, a voz de Tom Waits. Um grave profundo, um rouco cavenoso. Canta dilacerando a garganta. Rascante, pesado, rasgando-lhe os pedaços, a procura da alma, ou do que sobrou dela.
Ouvi-lo, tomando rum, é praticamente estar em estado de graça. Sua voz nos envolve, acaricia como uma pele áspera, mas ao contrario que se imagina, não dói, alivia a alma. Curta com tesão.
Luis Fabiano.
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