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sexta-feira, março 05, 2010


Navalhadas Curtas: Mulher, mais mulher.

Ás vezes não gosto de meus pensamentos. São terríveis e atormentados, doutras um mar pacifico, quase doce. Gosto de andar displicente pela rua, sem atenção, como quem deixa a vida fluir, sem grandes preocupações.A espera de uma surpresa.
Observar detalhes,me agrada. Andava pela rua exatamente assim, então ela passou por mim e sentou-se em um banco próximo. Trazia nos braços um bebê, recém nascido parecia, não pude ver bem, mas era lindo.Embora nunca tenha sido pai, gosto de criança.
Parei, e fiquei observando,como quem olha uma obra de arte. A nossa desconhecida pegava aquela criança com tanto carinho, atenção, ajeitando as pequenas roupas, procurava um chazinho para dar-lhe, ou o seio farto de leite. Tudo isso eu vi.
Mas o que reparei era seu olhar. Transparecia o sentimento de fêmea, no sentido mais primitivo que se possa entender isso. Era lindo, creio que se pudesse, ela lamberia aquela cria inteira como sendo parte de si mesma .Olhei mais detidamente , ela sentia orgulho do filho, um varão ,e dela a mulher que mediante alguns sacrifícios, colocara aquele pequeno ser no mundo.
Sentia-se magicamente tocada,com uma força que ela própria desconhece.Mas estava ali.
Em seus olhos vi a natureza pulsando, a mãe, a fera e a flor como uma coisa única. Podemos chamar do que quisermos: amor, lei da vida, natureza selvagem.É, creio que é isso.Guardadas as devidas proporções aquela mulher, realizou-se perante a vida, pois deu vida,curso a natureza.
Ela me olhou, sorri carinhosamente para a desconhecida, sem malicia. Fiquei pensando, todas essas coisas, se deve talvez pela proximidade do dia internacional da mulher? Sei lá, minha homenagem as mulheres é mais brutal, muito embora eu as ame.

Luis Fabiano.

ps-fica como uma pequena homenagem ao dia vindouro.

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