Pau
Ele apresenta o pau
Como um espaguete molhado
Enrugado e úmido
Balançando com desejos
O troféu desgarrado das
sombras
Em chamas e medo
Tudo é medo
Apresenta o pau mole e
sorrindo
Como uma esperança tardia
A voz que calou nas
dobras do saco
Ele permanece ali sem
reação
Espera no hiato do tempo
O que vai ser?
Sem palavras ele segura o
flácido nas mãos
E diz: vem pela última
vez e deu
Como hipnotizado pela
situação ele foi
De joelhos em uma oração
maldita
Não botou na boca direto
Olhou bem antes...tocou
Deixando o crescimento
vir naturalmente
Quando ele já estava meio
duro
Carinhos nas bolas e uma língua
leve no cu
E a poesia se fez
Expondo a cabeça toda
Sendo engolida em movimentos
leves
A umidade
O cheiro
O gosto vindo á tona
Como segredando prazeres
proibidos
Mas tudo é um roubo
De um piscar de olhos
Ele goza rápido não
aguentado a boca sedenta
Tudo que está em jogo
Todos já haviam entendido
o que viria
E isso não era problema
Ele não engole a seiva
Mas sabe que deu muito
prazer
Ambos apenas se olham
Uma última vez
E isso foi um ponto final
Ele enxagua a boca
Ele veste a cueca
No gosto da porra
Foi a despedida
Do que nunca aconteceu.
L.F
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