Ela brilha nos vãos
Entre pentelhos diáfanos
Benzendo latidos e grunhidos
solitários
Cuspindo mijo
Sangue
suor e gonorreia
Sua reza vagabunda
Feita de odores maravilhosos
Que afogam anjos
Diante deste mundo despedaçado
de desejos
Flácidos como a piroca
Dos Moribundos
A buceta espera
Com raiva e amor
Ser rasgada
mutilada
Beijada
Amada
Ate que uma cabeça
inocente lhe rasgue as entranhas e chame de filho
Ela espera que realize
Em gozadas de chuva
Inundando camas
Caralhos
Corações
Espera sim...
Por mim e por ti
Que desfraldemos nossas
velas em pedaços
E insensivelmente
Consigamos rugir como a fera
indomada
Sem polimento
De nossas fissuras mais
doentias e lindas
Que agridamos
Que provoquemos dor
Claro, choremos em
Fudidos nos braços densos
Do obscuro
Ela espera que dure
Eu também
Quero gozar até última
gota
De porra
Ainda que esteja a beija
da morte.
L.F
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