CALCINHA
Ela larga a peça
Displicente como uma
bebida jogada
E tudo que parece tão simples
Mas
O tempo mostra fissuras
Um cheiro do espanto
Volvendo ao braço do tempo
Rasgando o espaço
Do banheiro
A buceta
Sua história
As marcas do corrimento
lembranças de sua infecção
em meu coração de flagelo
Como doce
verme de desejo
saqueando o meu coração
Ela abre a buceta
delicadamente
Os lábios sujos e melados narram
a noite
os homens
as mulheres que esteve
O silencio é lindo
Como uma Beethoven surdo
Porra lentamente escorre por entre suas
pernas entreabertas
Ali
A poesia do demônio
Do amor
Da doença
Ela nunca foi tão linda hoje e sempre
Enquanto fuma e
Fica me
olhando sorrindo
Ela é o que é
Sua verdade entorna
Luz tênue do chão
E meu abraço a espera
sem nenhum porque.
L.F
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