Peidos de Madalena
Gostava de Madalena
Peidava como
poucas mulheres
Em todos os
lugares
Fazia isso com
sorriso
Uma anja do
inferno
O banheiro para
ela era o universo
Então bebíamos
Como se o anjo Gabriel
fosse fazer uma
Suruba conosco
E sua divina porra
Escorresse de nossos
cérebros
Mas não
Madalena peidava
Tudo era fantástico
Eu peidava também
Cheiro terrível
Do intestino do diabo
Era nosso alento em
dias terríveis
Ela não se levava
a sério
Eu tão pouco
Isso nos tornava meio
livres
Então um dia ela
peidou forte
na cama
Tão forte que
cagou em mim
Eu estava com sono
Ela pediu
desculpas
Não levantou
E ficamos ali
Unidos pela merda
Penso demais nisso
as vezes
O quanto é
importante
Estar unido a alguém
Que a merda seja
nosso cimento
Que frutifique
Caldais de
esperança
Entre as inevitáveis
dores do viver
Então aprendi
Quando a dor ficar
forte
Apegue-se a merda.
L.F.
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