Velha terrível
Ela anda mancando se arrastando pelas ruas de Pelotas
Tem a voz rouca
E o hálito nauseabundo perceptível longe
Vocifera com violência gratuita
A tudo
A todos
A você...
Eu penso: que merda Deus tinha na cabeça quando fez tal
criatura?
Certamente estava cagando para a humanidade...
Alguém me disse que era necessária piedade
Mas eu não tenho...
Cavei em mim...
E não achei
Essa criatura me provoca asco simples sem ódio...
Mas ela tem família
Uma boa casa
Se alimenta
Não rasga dinheiro
Não existe loucura
Certo dia ela me olhou nos olhos
E fez a “chapa” dentaria se mexer na boca
Então em disse:
- tu és um merda...viu...um merda
Mas sou um ser amante de silêncios
Apenas fiquei ali
Olhando nos olhos dela...
Como uma lamina fina
Como o veneno certo
Como a inevitável morte que a todos alcança
Hoje ou amanhã...
Ela seguiu...
-Tu é um merda...tu não é nada seu bosta...cagão...
Isso que és...um cagão fudido
Mas eu sei bem o que eu sou...
Não reagi
Na verdade, tudo já estava feito.
Luís Fabiano.
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