Lençóis Sujos como
lembranças coaguladas
Por onde andará aquela puta?
Que fudeu minha vida com poesia
Preencheu as lacunas do espirito
E vomitou sobre meu sonhos
Ela se foi
E quando foi
Eu a odiava o suficiente e acho que odeio
ainda...
Vagabunda celeste,
Gritando em chamas em uma madrugada
Bêbada, drogada, linda e horrenda
Mas a neblina dissipa
E a vida que decanta
Tornando translucido os olhos outrora bêbados
Agora a cadela faz falta...
E não é nem o cu ou buceta que desejo
Me sinto tranquilo,
Apenas queria ver uma última vez seus
olhos
Porem os restos dela ainda estão aqui, comigo
Lençóis que ela nunca trocava
Eu gostava
Com aquele cheiro cosido e forte, misturando-se sono e
pesadelos
Suor
Secreções
Baba
Cheiro do cu sujo
Sovaco forte
E o cigarro barato
Tudo isso agora preenche um buraco
Minha memória esgueira os cantos
Entre trajetórias de cometas
E balas perdidas
Destilando embrionárias emoções
Ela voltará?
Por acaso você sabe onde ela tá?
Luís Fabiano.
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