Navalhada de Natal: As cuecas de Papai Noel.
Neste período de natal, o que mais abunda são os tais
amigos secretos.
Um verdadeiro saco.
Até comprar o presente é legal. Triste é a
revelação, chatice sem fim. Não suporto. Mas as vezes participo por educação estética do cinismo. Uma
verdadeira educação, para falsos sentimentos.
Conversava com Neuza, minha amiga secreta,depois da
revelação.
E o papo adivinhem? Virou em torno do papai Noel. Vejam
como as pessoas trazem emoções tristes dentro de si.Na superfície. Não é
preciso perguntar muito.
Neuza estava feliz, então começou a me contar:
-Eu adorava papai Noel, estava com oito anos, queria ver
como ele fazia para entregar nossos presente, queria ver as renas, o trenó. Então
na noite de natal, decidi que iria fazer de conta que estava dormindo, eu iria
vê-lo.
Eu sorri. Sabia que isso iria terminar em tragédia de
natal.
E então como foi?
-Quando era de madrugada, escuto uns barulhos no meu
quarto, olho de canto de olho. Decepção profunda, vi meu pai de cueca, deixando
os presentes ao lado da minha cama. Aquilo foi uma facada na minha fantasia. No dia seguinte,minha mãe chamou a mim e meus
irmão para mostrar os presentes do papai Noel. Eu não fui. Minha mãe veio até
mim e perguntou porque? Respondi:
-Sei que papai Noel não existe mais. Eu vi meu pai de
cueca furada no cu, colocando os presentes.
Ela ficou furiosa comigo, disse: se contares aos teus
irmãos isso, tu vai apanha de relho trançado!
Concordei.Mas não fazia mais diferença, desde então o
natal nunca mais foi a mesma coisa.
Porque alimentam essas fantasias nas crianças...
Eu apenas sorri amarelo.
Luis Fabiano.
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