Fio da Navalha – Cartas (e-mails)
De Luís Fabiano para Úrsula...
Oi...
Faz tempo mesmo, mas sabes como eu sou, me orgulho de ser
um tremendo filho da puta. Todos somos um pouquinho, em algum momento de nossas
vidas fudidas. Nem sempre tudo transcorre como planejado. Creio que por vezes é
melhor assim, gosto da vida assim repleta de surpresas boas e ruins...
Disseste que eu não sinto saudades... eu sinto saudade
sim, mas em mim nada me controla...ou melhor não sou controlado por emoções, não
gosto de ser cativo de emoções sejam elas quais forem, isso torna a saudade uma
merda pra mim, isso torna o amor uma imbecilidade... É isso. Talvez agora você
esteja se perguntado o que sobra? Porra Úrsula, quando lembro de ti... é sempre
com apelo, tesão, fúria e pau duro... lembro carinhosamente da tua buceta enorme
molhada e com cheiro de um ou dois inteiros de trabalho...tua poesia despida
gemendo carinhosamente meu nome...quase como um desespero uma loucura...é dessa
Úrsula que gosto... e esta que quero arrastar para a velhice... não quero
lembrar da tua fidelidade...quero lembrar da tua putisse...lembrar quando me
contavas ao ouvido, os teus casos recentes com outros caras e outras
mulheres... a maneira como te entregas ao prazer. Tua buceta é infinitamente
melhor que teu coração.
Portanto não me fales de amor...nunca... antes sim...me
fala da maneira que te esfregas em mim...com o grelo duro, passando em minhas
pernas, minha bunda, meu sexo, meu rosto...e quando o tesão se torna tão
insuportável tu gozas como um égua... jorrando muco, prazer e mijo... tua
quinta sinfonia!
Essa é minha saudade possível Úrsula.
Desde quando te cobrei algo diferente disso? Aliás Úrsula,
que te cobrei? Nunca cobro nada de ninguém...nada. A vida é feita de pecados, e
ao contrario que se imagina, o pecado nos redime... a virtude nos corrompe, e
nos faz pensar que somos melhores do que somos...e de fato somos?
Foda-se, eu não sei.
Quero viver Úrsula, viver desesperadamente como um louco
até o último suspiro, porque como diz Pessoa “tudo na vida é excessivo “eu la sou
homem de equilíbrios? O equilíbrio é o nada... é o que você não é...nem bom e
nem mau, nem covarde e nem corajoso... nem broxa e nem viril... equilíbrio não
é nada.
Úrsula, estou te escrevendo este e-mail, e tenho nas mãos
um copo enorme de rum, aguardando ao lado do mouse, um grande charuto cubano...
estou apenas de cueca aguardando o destino...desta noite, lamento que não
estejas por aqui...ficaríamos bêbados juntos eu começaria a lamber a tua
cicatriz...lembra? Aquela do abdômen...gosto de lamber cicatrizes, é como
lamber lembranças, como buscar o tempo... é Úrsula e isso pra mim é felicidade.
Estou com o pau duro, dei uma boa cuspida na mão, e dei uma acariciada no
bicho...
Esse é meu jeito de viver.... com toda certeza eu não
procuro sentidos, eu procuro sentir o máximo...e nada mais.
Beijo na tua buceta Úrsula e longa lambida no teu cu...
Carinhosamente.
Luís Fabiano.
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