Dama de Porcelana
Eis que a verdade da pena digital torna a vomitar de alma
aberta, a porra de deus, quando acontecimento, mais hediondos tangem a vida
comum de nosso imbecilizante viver.
Eu a conheci nos corredores do meu prédio. Um prédio
detestável, repleto de gente preconceituosa, repleto de regras morais e todas
as idades e muitos com idade avançada. Dizem que a velhice justifica tudo...mas
calhordas tem idade?
Ela tem o semblante triste e a pele branca de papel, um
papel transparente, o olha tímido, uma timidez capaz de provocar o animal que
existe dentro de mim. Sou assim caro leitor, gostaria de comer a todos o tempo
todo... inclusive você... amorosamente.
Nossos encontros no elevador do prédio tornaram
ocasionais...e acasionalidade traz a intimidade... alguma a princípio. Nos
tornamos amigos...é incrível a natureza leitor... podemos nos aproximar de
tudo...se houve um fluxo existencial... somos animais instintivos... e seja
para onde quer que você olhe, é sempre o mesmo jogo...a presa e o predador... e
qual você é na maioria das vezes? Quando o teu chefe te fode, te trata mal...
você é a presa... e quando você cospe no café que ele pediu... você é o
predador...quem nunca cuspiu em um café?
Naquele elevador...ela se confessava =, tudo que dizia
eram problemas, era depressiva, fria e complexada, com manias, com medo
excessivo, os homens fugiam dela.
A beleza para ela era um castigo, uma punição divina.
Porque ela era apenas bonita e tinha todos os outros problemas, alguém com
tantos problemas insolúveis me deixa de saco cheio. Por vezes precisa tirar
toda a merda de dentro de você, jogar carga ao mar, desapegar das coisas ruins
e viver... simplesmente viver, viver desesperadamente, viver como se fosse o último
dia de vida. Estabelecer tantas regras existenciais com a vã ideia de capturar
a felicidade...
Mas que porra leitor! Você pensa assim? Não é assim que
funciona... somos uma alma presa em um corpo animalesco, e há de se respeitar
os instintos, há de se viver mais e teorizar menos!
Eu estava disposto a corrompe-la um pouco, aquela dama de
porcelana, e antes que me esqueço caro leitor o nome dela é Marlim.
Um dia neste mesmo elevador infame, eu e ela apenas, as
portas se fecham... sem que nada traduza nada e assim mesmo eu toquei nela
diretamente sem rodeios, fui investigando suavemente deslizando a mão muda do
joelho subindo como uma serpente pela perna esquerda dela, chegando lentamente
a buceta... tudo lento como uma dança, quando toquei por cima da roupa nos seus
lábios ela não reagiu e soltou um breve gemido baixinho... seguindo de um leve
sorrir bobo... lindo. O desabrochar de uma puta... é como uma nascimento.
E aquilo foi o início...naquelas viagens de elevador que
duravam trinta segundos...as vezes mais...e fui dando passos...informais
deixando apenas os desejos brilharem...não sei exatamente se isso a ajudava,
ela sorria e não queixou-se mais. Não tínhamos mais tempo para papo
furado...problemas que transtornam ficávamos entregues e felizes por trinta
segundos. Caro leitor... não queria quebrar aquele protocolo silêncios, éramos
eu e ela nunca cumplicidade de desejos e doenças psicológicas.
Ontem ela estava de vestido... e minha mão tocou por cima
da sua calcinha...e para minha alegria secreta ela não depilava a buceta... os
pelos fluíam para os lados da calcinha, tive uma ereção fantástica, ela sorriu
novamente... um sorriso franco e sincero.
Gosto de relações doentias, gosto de gente perturbada mas
não as violentas. Ela doce como um canto sereno...então caros leitores mantemos
ainda hoje essa fronteira calada, uma fronteira que não transpassaremos, não
iremos fuder, não iremos ter uma relação de amor, não teremos mais palavras e
tudo isso em uma combinação traçada por nossos desejos. Eu me sinto um grande
filho da puta orgulhosamente.
Então naquele segundos de verdade...nos entremos ao máximo
que a vida pode propiciar... o prazer não precisa ter horas, um segundo pode
ser a eternidade tudo é o quanto você se entrega ao viver... ontem eu enfiei
dois dedos em sua buceta leitor...dois é um bom número, tirei os dedos molhados
de cio dentro dela e chupei os dedos brancos na frente dela...e a porta do
elevador se abre, até amanhã Marlim. E é exatamente assim caro leitor, esta história
ainda não teve final...e mesmo agora que você lê eu posso estar deslizando meus
dedos pela buceta ou cu de dama de porcelana na esperança que ela não se
quebre.
Luís Fabiano.
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