Navalhadas Curtas: Bife e amor aos cacos
-Amor, sabe que eu te amo? Sabe né amor – ela falou.
-Hum hum – disse o cara.
Olhei com indiferença, com um naco de bife na boca.
-Amor, amor... me da um beijinho, amor?
Ele beija como se beijasse qualquer coisa. Ela não gosta:
-Aiii Beto, que beijo xoxo... mas tu me ama né?
Olhei pra mulher com irritação, ela era uma vergonha para
as mulheres que queimaram sutiã...
-Para com isso Carol... que tanto nhê, nhê, nhê?
-te amo né! Tu me ama né?
-Amo...
-Então me beija com vontade...vai...
-Para com isso, a gente ta num restaurante...
-É Beto, acho que tu não me ama mais...
Então surpreendentemente Beto levanta e sai caminhando, deixando
Carol sozinha a mesa.
Eu mordia o meu bife que acabava infelizmente, pegando o
molho no prato... Carol chorava silenciosamente a minha frente.
Terminei o bife, Carol ainda ali olhando pro nada... a
verdade ela era o tipo de mulher que odeio, feita de medo, insegurança, egoísmo
e sentimentalismo imbecilizante... Ela sofria pouco.
Levantei, e ao passar por ela disse:
-Puta merda, amor é assim...demais ele se afoga...ninguém
suporta.
Ela me olha nos olhos e chora com vontade.
Sabem... tem coisas que você só aprende quando se fode
muito.
Luís Fabiano.
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