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quinta-feira, fevereiro 06, 2014

Marta




Marta

Dias atrás conheci Marta
E seu sorriso me encantou
Sua doçura
Trouxe o que se perdeu
E nela não havia nenhuma tristeza
Aparente
Mas algo que espera florescer
A agonia e a incerteza da semente

Virar flor
Virar nada
Não virar

E Marta brinca de esconde-esconde
Consigo e comigo
Deixando o tempo escorrer em suas veias
Em sua pele...
Em sua alma
Esperando o grande encontro
Se espera?
E virá?

O desencontro lhe cerca
Pedras que não conversam com as estrelas
E Marta sorri
Marta é quieta e inquieta
Marta, e Marta?
Então conversei com Marta
Tudo pareceu tão leve
Emprestava asas ao não querer
Ao que não gosta
E depois, lentamente procura sua concha

Marta concha sem oceano
Marta poemas sem voz
Marta é tão linda que dói

Tive vontade de arranca-la
Mas flores não vivem depois de arrancadas
E o que nós sabemos de Marta?
De mim e de você?
E a beleza falou por Marta
Pelo que disse
Pelo que não disse
Seus olhos transbordaram como cachoeiras
E o poema
Fez fenda em meu peito.


Luís Fabiano.


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