Meu crime e o teu...
Entendo quando ele surge de-repente
Vindo do nada
Do canto mais escuro
Onde grita o terror...
Condensado em fantasma da vida real...
Eu te entendo sim...
Quando olho em teus olhos, cheios de sangue
É a morte que se aproxima impiedosa
Com fúria e gosto de metal
Claro que entendo
O quanto você quer me tirar tudo...
Dinheiro
Carteira
Celular
Tênis
E a vida...
Então suor frio
Quando o teu tribunal abre a sessão
E decides pelo meu fim...
Em um clic...
O teu mouse existencial cospe fogo...
E tudo se acaba tão rápido...
Num piscar de olhos
Sonhos desfeitos
Olhos que se fecham
Estampido ecoando entre a fronteira da vida e da morte...
Te entendo...mesmo morrendo te entendo...
Entendo que me mates...
Que mates a todos que amo
E depois sigas em paz teu caminho
Na frenética vida...
Sei o quanto é impossível mudares de ideia
O quanto nada há perder....
Antes, agora ainda menos...
Uma escolha sem escolha
O meu e o teu caminho sem volta...
Tua indiferença a sombra
Infestado de uma crueldade aguda...
Te entendo
Nosso mundo pede uma certa cota de sangue...
Mas pra mim não mais...
Não vou revidar...porque me tornei nada
E não haverá vingança
Hoje...
Teu sorriso e minhas coisas...
Eu parto
E tu ficas.
Luís Fabiano.
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