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quarta-feira, outubro 09, 2013

Final - Jorjão e Putinhas



Jorjão, um trem descarrilhado e putinhas da cracolândia

FINAL

Lembrando:
Jorjão tava realmente transtornado, bem mais que o normal...devia ter ingerido algo mais forte que as várias cervejas... queria fuder de todo o jeito. E agora rato? Pular no mar? Precisava resolver aquilo, e ainda tentar comer a Luana.

Não sou de lamentar coisas. Não faço o perfil de donzela arrependida. Não, quando faço algo faço porque quis fazer... quando me fodo ou quando fodo alguém...bem, isso é consciente. A lei da vida, a lei da natureza, e a natureza é selvagem, é crua, fria mas com um propósito. 

Talvez seja isso a coisa mais importante... ter um propósito. Eu tinha um proposito quando sai de casa: que era falar com Jorjão e talvez trepar com alguém... Baita proposito. Mas a vida é... assim, a maré muda, tu sabes como é... o vendo que sopra a favor pode virar, e então você tem que trabalhar com a improvisação.

Uma improvisação que pesava mais de cem quilos, bêbado e decidido como uma locomotiva a vapor. Puta que pariu.
Renata entra na pressão de Jorjão... e diz pra irmã: Que isso Lulu...para de frescura... “vamu fudê” com eles...o Jorjão aqui ta pagando, e vai deixar ai uma grana pras pedrinhas de amanhã...
Então o circo pegou fogo, Luana agora meio fora de si:

-De jeito nenhum...Renata...não vou ver tu fuder com esse ai... e nem eu vou dar pra ele...
-Vai sim... vai sim, não tem essa menina...to aqui pro surubão...vai fuder, e vai chupar a maninha ai... bem gostoso porque nos queremos ver gozo... o gozo da humanidade...porra!

A história do rato me veio à cabeça... eu queria ser o rato a pular fora agora. Deixar que eles se entendessem, a tal da foda já nem queria mais... Luana segurava minha mão...num apelo silencioso e sinistro, não me deixa só... em minha cabeça fiquei pensando. Por vezes você precisa deixar a natureza se virar...deixe que o leão mate o cordeiro.

Por um breve instante pensei em levantar... mas o que aconteceria com Luana? Merda, lá vamos nós, me adiantei:

-Ok Jorjão vamos todo mundo fuder então... relaxa, tu nos convenceu. E eu agora fiquei afim de putaria tendeu? É isso...hã, hã, vocês tão fudidas meninas...há, há há...que porra é essa...
Foi o que bastou para que o rosto de Jorjão se iluminasse como as besta em potencial... e entre um entusiasmo maluco...disse:

- É isso meu brother...é isso...fude gostoso...duas minas, duas picas, duas xoxotas, dois cus...yes...ohh yes...fuck , fuck, fuck baby...

Eu ganhei um tempo, e agora era pensar como fazer pra resolver a coisa.

-Seguinte, nos bebemos  muito pouco – eu disse a Jorjão – vamos tomar mais...pra incendiar o céu ou o inferno...
-É?
-É claro...porra essa rodada eu pago... e ai...rum pra todo mundo da mesa...

Aquilo era a beira do abismo. Todos já estavam um pouco altos...o rum é um velho ermitão te empurrando no abismo, a espera que você se foda. Eu sabia disso...é passar do ponto um pouco, e tudo vira nocaute, e se beber mais um pouco é depressão certa. Por isso gosto do rum...no ponto exato, é um cavalo louco pegando fogo na sarjeta... demais da conta, é um atentado ao suicídio, e nesta noite eu queria que eles se matassem.

A atendente do Blue Bird, muito ligada, serviu uma dose das boas para Jorjão. Levantei um brinde...

-A saúde e a foda nossa de cada dia!!

Renata tava “locona”... já botou um peito pra fora...e ria alisando o biquinho. Gostava de me sentir assim... meio que o dono do show, Luana olhava para o outro lado, estava muito tensa...talvez não quisesse ver as tetas da irmã.

Aplausos no Blue Bird, e minha jornada começava...Jorjão relaxou...o rum entrou rasgando a sua alma...eu pedi outra dose...e outra dose...e fui tomando a minha devagar. Um bom envenenador precisa se envenenar primeiro, para ter certeza que o seu veneno atingira fatalmente o seu objetivo.

Falei ao ouvido de Luana: relaxa...ta tudo certo, ela sorriu com alguma confiança. A voz de Jorjão já quase não se ouvia mais... ele havia bebido muito, e agora o rum matou o cara. É o que digo...quem não conhece essa bebida...então... Jorjão e Renata se mereciam... Renata de pernas abertas... apática...e Jorjão dizendo besteiras, e não conseguia ficar em pé. Puta merda o malandro era amador em bebidas. É isso, se fudeu malandro.

Agora vinha a outra parte do plano. Me livrar de Renata e Jorjão. Um rato feliz em um carnaval, na apoteose de uma agonia eminente, entre as brumas do fracasso, rebrilhando uma vitória possível entre as esferas do orgasmo... um gozo de deuses e deusas, amaldiçoando o mundo em uma pintura feita de amor e dor...que poderia fazer melhor? 
As vezes o pensamento supera a força...mas isso teria volta... rato dançarino valsa em tua pista feita de merda, vamos, vamos...

Luana meio bêbada naquele vestido preto, era uma princesa meio bêbada, sorrindo feliz... Jorjão e Renata agora se beijavam...ou melhor tentavam se beijar, se babavam se cuspiam... levantei com Luana...e dei uns passos com ela...e ficamos observando de longe. Era horrível, era a humanidade em desfile.

Entramos no “fudett” e o mundo era nosso... arranquei dali, Luana parecia não se preocupar com irmã. Então ela me olha com ternura:

-Te devo essa Fabiano...
-Relaxa, você não deve nada... tu é linda sabia?
-Obrigada Fabiano... tu é um cara bacana.
-Nem sempre, quase nunca...

Estava me dirigindo pra região do porto. Gosto daquele lugar. Parei um rua próxima ao bar do Zé e ficamos ali... entre o movimento, e alguns beijos. Minhas mãos passeavam naquele vestido e depois por dentro dele... Luana macia como algodão, fomos nos entregando ao melhor... toquei em sua buceta, que estava molhada e com um cheiro muito forte, que maravilha. Um verdadeiro achado achar uma mulher com cheiro forte íntimo. Elas se esforçam tanto para não serem o que não são, perfumes e artificialismos demais. 

Luana primitiva era uma cadela encantada, que eu sorveria até o fim.
O clima esquentou...ela levanta o vestido até a cintura...expondo a xoxota completamente depilada(eu não gosto), porem...porem...havia algo estranho. A xoxota dela estava em tom verde ?
O que seria aquilo? Eu pergunto a vocês: já viram um xoxota verde?
Olho pra Luana...e ela responde:

-Da bola não... isso é um “funguinho” que eu peguei...mas não mata e nem é transmissível...
Eu tinha que bater um pênalti agora. Foda-se, enfiei a minha língua nela... aquela era a xoxota da incrível Hulk... a vida segue.
Apensar do fungo, ela tinha uma xoxota macia, encharcada...e com gosto forte, fui alisando com a língua o grelo dela... estava entumecido lindo...suguei e Luana arfava lindamente...remexia os quadris, o pé dela estava no para-brisa, fiquei naquela um bom tempo...Luana gemia gostosa...coloquei dois dedos nela...e ela se abria como um janela para o arco-íris, a graça tem tuas saliências... fuder dentro do fudett é sempre uma mão...mas foi. 

Ela gozou assim...e depois veio, com aquela boca macia...engolindo a chapeleta...molhada...encostando na garganta meio se engasgando... como é bom. Não precisava de mais nada... em alguns bons minutos eu tava mandando alguns jorros pra dentro dela... e ela se engasgando como uma gata com uma espinha... sensacional.

Então ficamos naquele momento silencioso onde os prazeres satisfeitos nos obrigam ao termino...a expulsão, o afastamento, ambos sabíamos disso... cúmplices felizes da vida, longe como abismo ecoando o nada.

-Pra onde tu vai Luana?
-Me deixa em alguma esquina...não vou pra casa...
-Tu mora onde?
-Dunas...mas hoje eu não volto...vou esperar amanhecer no quadrado...ver o sol nascer
-Tem certeza disso?
-Não... não gosto de certeza... quero me drogar, flutuar...ficar na brisa e depois a gente vê.
-Não quero ver isso... fumantes de crack e cheiradores me deprimem... nada contra apenas não gosto de ver.
-Tudo bem... eu vou indo, valeu cara... tu é do bem.

Ela abre a porta do carro...e algo estranho estava no ar... como um verso não pronunciado, um acorde silencioso feito de segredos...  de tantas coisas que não compreendemos. A vida de cada um, o momento de cada um...é impossível julgar.

Ela sai e fecha a porta, e fica me olhando pelo vidro fechado... beija o vidro e sai tropega carregando a pequena bolsa...

Imagino que vocês estejam se perguntando: e o Jorjão, o amigo? 
Bem, a amizade acabou é claro... ele disse que eu enganei ele... eu tenho muitos defeitos...mas não minto... enganei mesmo, por sorte ele não quis me matar. 
Preciso rever algumas amizades... gosto da insanidade... gosto das incertezas, gosto de viver com a balança oscilando no destino, sem querer. Melhor assim. 
Se foda o destino.


Luís Fabiano.



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