Eu vi, talvez você também... mas eles não verão.
Por vezes entre pensamentos errantes
Como uma minhoca deslizante
Em um cano feito de sebo...
Tropeço em lamentos indiferentes
De tempo
De quanto
De tudo
Traço do imperdoável destino
Derribando gotas de morte lentamente
Em nossos dias...
Vão passando... tudo bem
Ontem eu ouvia Hendrix
E o que sei
É que esta geração não ouvirá... seus ecos
Não saberão da genialidade de Hendrix...
Não ouvirão a voz ecoando, de Led Zeppelin...
Desconhecerão a rouquidão de Janis Joplin
E a presença de palco de um Fred Mercury
Entenderão as letras politizadas de Bob Dylan?
E os acordes densos e sinistros de Jimy Page...
O reverberar da voz de Jim Morrison?
The Doors tentando fazer sexo com a mãe...
Não conhecerão...
Talvez tenham vergonha...
Da alma do rock
Caminharam com suas almas pesadas de culpa
Não farão a paz ou amor dos hippies...
Não provarão a força de Joe Cocker
Não entenderão as viagens de Pink Floyd...
Bob Marley tornando as coisas mais leves
A voz doce e melodiosa de Joan Baez...
Puta que pariu
Lágrimas em minha floresta
E um brinde fulminante
Enquanto nossa alma se embriaga, da energia destes
seres...
Não sei dos que virão...
Não sei de mim...
E não sei de você
Gosto da honra dos condenados
E da virtude dos viciados
Uma vida curta mas intensa
Boa morte a todos nós.
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