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terça-feira, setembro 03, 2013

Final - Rei das Bucetas, felicidade e outras merdas



Rei da Bucetas, felicidades e outras merdas

Final

Pacholé já estava com pouca paciência. Lady é confusão galopante. E o Rei não estava lá... sinceramente eu já estava com vontade de ir embora. Sabem porquê? Bastaria Jussara aparecer...e pronto. Lady fica na minha volta. Tento esquecer as consequências... sou fácil para as mulheres, se mexerem com meu instinto...deixo fluir, eu o putanheiro, buceteiro da porra. É... dizem que a carne é fraca...foda-se então. Lady esfregava agora aquelas tetas em minhas costas, e bebia cachaça parelho comigo...e se existe uma coisa que nos torna irmãos é a cachaça. Em alguns minutos, eu já estava com meu joelho entre as pernas de Lady... que sorria safada, debochando... eu encochando Lady e Pacholé nos olhando...ainda estávamos de roupa... ele apenas dizia balançando a cabeça: “Isso vai da merda... isso vai da merda...”

Como um profeta dos infernos o filho da puta acertou. Como um relâmpago no deserto, eis que surge na porta Jussara... e a cara dela dizia tudo:

-O vagabunda... que tu ta fazendo com meu homê ? Hein... cadela de merda... loira do Paraguai...

Eu estava agora em câmera lenta... olhei para porta, e Jussara estava furiosa...havia tanta paixão naquele instante que tudo convertia-se em merda. Excesso de sentimentos é uma merda pior que o crack.

Lady se fez, e me beijou... foi o erro dela. Jussara veio pra cima dela como um tornado, e em um instante o Bar do Rei das Buceta tornou-se uma arena... aquelas moças sabiam como agitar o ambiente, incendiar o Atlântico e nevar sobre as lavas do Etna. O sossego se foi, elas começaram a brigar primeiro verbalmente, depois vieram os tapas, arranhões  e socos. Apenas cuidei para que não tivessem nenhuma arma... mas não, estavam brigando se cuspindo e puxando cabelos, agora no chão. Alguns faziam apostas, Pacholé estava apavora, ele sabia que o Rei visse aquilo ali... Mas afinal quem era Pacholé para aquelas duas mulheres grandes?  Agora estavam semi despidas, as tetas grandes de Jussara a mostra, e tudo aquilo para mim era como uma sinfonia de Wagner... lindas brigando se lanhando, misturando-se a sujeira do chão...os gritos: cadela, vadia, puta ladra de homem... vagabunda, arrombada...

-Fabiano...dá um jeito cara – diz Pacholé – a confusão foi por tua causa cara...resolve ai...
-Não fode Pacholé... deixa elas brincarem, no final se toparem eu como as duas e o jogo fica empate...há,há,há....
-Cara tu é louco... o Rei vai chegar ai e bem...tu sabes como é...
-Deixa que com o Rei eu me entendo...eu não presto e ele sabe... serve outra ai pra mim.

Alguns cara no bar estavam felizes... estavam vendo um strip de graça... elas brigavam rugiam ambas estavam com seios a mostra, rasgaram o sutiã e tudo. Toquei no meu pau, mas que beleza estava duro. Gosto de Jussara, mas Lady também parecia interessante agora. Sou fácil.

Não sei quanto tempo durou aquela merda... então um carro estaciona na frente do Bar, a porta se abre e desce o Rei e não parecia estar muito feliz, chega na porta e dá um berro:

-Mas que porra é essa? Mas que merda...vocês duas de novo?

Como se uma ordem de congelar...as meninas param instantaneamente, no chão, meio peladas, caras arranhadas, despenteadas, cena digna, tanta emoção, como um dique rompido.

-Levantem agora...e chega, vocês duas estão proibidas de virem aqui... não quero mais saber, vão brigar na casa do caralho...crianças de merda, eu tenho que estar aqui o tempo todo? E vocês não crescem...merda, sumam daqui agora suas porcas.

Me sentia tranquilo, mas aquele esporro todo acabou com meu tesão. Jussara olha para o Rei:

-Rei...não, por favor, não me expulsa, tu sabes, tu sabes tudo, tu sabes o quanto eu preciso, eu não queria nada disso... mas a Lady tava beijando o Fabiano...
-Não quero saber de quem é a culpa...fodam-se... olha o estado de vocês? 

Vão embora agora e chega...chegaaaaa!
O bar todo estava em silencio. Os olhos de Pacholé estavam saltados, o Rei tava de cara. Mas sinceramente eu já tinha visto aquele filme...
Jussara me olha e diz: vamos?

-Nada disso – diz o Rei – nada disso, vais embora sozinha, deixa o Fabiano ai, ele e eu temos coisas pra conversar...
-Amor, passa lá em casa depois? Jussara diz pra mim.
-Ju vemos depois ok? Agora, vai se cuidar, tem um corte ai no teu braço...

Nisso Lady já havia ido. Poderíamos resolver tudo aquilo em uma foda os três. Não gosto de disputas, quem é o melhor, quem é o fodão, quem é o cara, em minha vida pessoal não importa quem é o melhor o que me importa sinceramente é o jogo e o jogar. Só. Eu jogo.

Tudo estava calmo agora, eu pensava em comer Jussara depois. Então Rei, chega até mim, pede uma cachaça pra Pacholé que já estava se desculpando:

-Chefe...eu não pude fazer nada...elas são dois rinocerontes...
-Tá Pacholé...

Ele acende um charuto, tira o chapéu branco, dá uma boa tragada e me olha:

-Porra filho...qual é a tua? Por onde tu anda é confusão e mais confusão, é isso?
-Tu acha que é voluntário?
-Não sei Fabiano, esse teu jeito de viver com as mulheres...o trato por vezes acho que isso causa muito problema. Se a mulher não tiver uma cabeça boa, a vadia pira filho!  Sem falar que a confusão que causa quando vens aqui...tudo gosta disso né?
-Eu aprendi com o melhor...Rei tu és o cara. Esse charuto é cubano?
-É.
-Me dá um...

Acendi... um bom Havana, charuto e cachaça e talvez uma buceta depois, que mais eu precisava na vida? Nada mais.

-Tu não aprendeu isso comigo, eu amo as mulheres sabes disso, meu coração eu dou a elas, porque o que faço, faço sentido naquela hora sou o amante latino, não dou somente o meu pau...dou minha alma...e tu bem... tu não sei exatamente o que tu dás...mas elas gostam.
-Rei não sei o que dou...apenas eu faço as cosias em minha vida, como se fosse morrer no segundo posterior...então nada fica pra trás, posso morrer agora
-Fabiano que eu faço contigo? Te proibir de vir aqui?
-Não acho uma boa ideia...
-Tudo bem, então defini a tua situação com a Jussara ou com a Lady...se não vai ser isso a vida toda até elas se matarem...
-Que merda, Rei eu não sou tudo isso... e não sei o que viram em mim...
-Va se fuder Fabiano com essa humildade de merda...isso parece falso, humildade sempre parece falso.

A noite estava boa, o bar agora vazio, boa cachaça e longas tragadas de charuto. Pensei em ir na Jussara, mas acho que não...
Uma das mulheres do Rei chega, olha pra ele com ternura, é Helena, uma negra linda, que tem vinte e seis anos... é apaixonada pelo Rei, o chama de paizinho... e diz sempre que ele é o pai e o amante dela...é como se trepasse com o pai. Rei acha graça... mas ao que parece Helena tem uma cabeça boa, é muito relaxada e gosta de piroca.

-Rei, vamos embora, hoje você já se estressou muito...vamos pra casa eu te faço relaxar...

O Rei sorri: “viu Fabiano? Amor é simples...simples .
O Rei e Helena se vão, aquilo parecia felicidade...talvez isso seja uma felicidade. Na verdade nunca sabemos quando estamos felizes...perdemos tempo...e as cosias passam...e será que já não perdemos ? Não sei.
Matei o copo de cachaça, paguei o Pacholé que parecia curioso, quando eu estava saindo:

-Fabiano... Fabiano... tu vais ver a Jussara?
-Não Pacholé...acho que não.
-Cara ela tava arrebentada... mas ela ganhou a briga né?
-É...acho que sim...

Sai, eu pensava em ir pra casa...então desviei o caminho, eu sou tragado pela noite isso é fatal. Mas não iria ver Jussara, eu queria jogar gasolina em um prédio em chamas. Fui ver Lady-Zu. Os vitoriosos não me interessam, eu quero os derrotados...os perdidos, os esquecidos, os cancerosos, os que não são nada... os vitoriosos em a vitória.

Chego a frente da casa de Lady Zu, tudo apagado. Estaria em casa? Desci e bati a porta, ouço um grito rouco: quem é ?

-Lady, o Fabiano...

Como uma arvore de natal na madrugada, as luzes da casa de acendem...e Lady Zu, surge na porta...e estava linda com aqueles hematomas no olho, o canto da boca cortado...e aquela camisola branca...curtinha. Puta merda como eu gosto de roupas intimas brancas e pequenas... Lady estava a puta do desencanto e eu o soldado dos exércitos fudidos da vida.

-Entra amor...entra...

Entrei e na porta de sua casa, nos agarramos em um beijo longo, lascivo e repleto de tesão. Puta merda... desejei que os anjinhos do céu fossem asfixiados pelo vapor da putaria...é... em alguns segundos, arrancamos as roupas e as tetas de Lady estávamos com roxões dos socos de Jussara, e os bico duros e rosados em minha boca agora, salivando...salivando, Lady Zu era tudo que existia...ela gemia feito uma porca no cio...gosto de porcas, Lady Zu é grande... toda grande...chupo aquelas tetas, e vou descendo até a xoxota... que esta molhada demais...lindamente a poesia dos desesperados...a xoxota de Lady Zu não tem um único pelo...e isso não me agrada muito, mas agora não era hora de definições... minha língua mergulha nega...e dela escorre o liquido do cio de mulher... uma textura branca acida...que foi molhando meu rosto e fui bebendo do seu prazer, Lady  toda gemidos mexendo a sua barriga imensa, a pélvis e aquela xoxota dava vontade de voltar para o útero...eu Fabiano feto, entranhas e merda , tudo se misturando a alma ao sangue e aos gritos do diabo num inferno de prazer. Ela goza em minha boca...algumas vezes... tudo é liquido, gosto que as mulheres gozem em minha boca...e depois sim...dou a elas o meu prazer, foi que fiz. Enfiei em Lady...brincando um pouco na entrada da xoxota...roçando os lábios ...entrando e saído devagarinho...Lady é toda desespero...Lady a gozada da galáxias...e eu o porra... tudo termina em gritos, gemidos e rugidos, a xoxota de Lady se comprime querendo esmagar o pau...e gozo como um cavalo.

Então nos tornamos nada. Fodemos porque queríamos e nada de importante isso significa...nada. Somos animais...e nos sentimos bem, mesmo com toda contrariedade que isso é...sapateamos no caixão...bebemos da vida e agora estávamos embriagados e tudo bem. Amanhã terá ressaca... não é? É, mas tudo tem um preço e eu pago.

Lady me olha:

-Fabiano, vai ficar aqui?
-Não Lady...não somos nada...
Ela me olha...com alguma ternura.
-Eu sei...não somos nada.


Luís Fabiano.



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