Rei da Bucetas, felicidades e outras merdas
Final
Pacholé já estava com pouca paciência. Lady é confusão
galopante. E o Rei não estava lá... sinceramente eu já estava com vontade de ir
embora. Sabem porquê? Bastaria Jussara aparecer...e pronto. Lady fica na minha
volta. Tento esquecer as consequências... sou fácil para as mulheres, se
mexerem com meu instinto...deixo fluir, eu o putanheiro, buceteiro da porra.
É... dizem que a carne é fraca...foda-se então. Lady esfregava agora aquelas
tetas em minhas costas, e bebia cachaça parelho comigo...e se existe uma coisa
que nos torna irmãos é a cachaça. Em alguns minutos, eu já estava com meu
joelho entre as pernas de Lady... que sorria safada, debochando... eu encochando
Lady e Pacholé nos olhando...ainda estávamos de roupa... ele apenas dizia
balançando a cabeça: “Isso vai da merda... isso vai da merda...”
Como um profeta dos infernos o filho da puta acertou.
Como um relâmpago no deserto, eis que surge na porta Jussara... e a cara dela
dizia tudo:
-O vagabunda... que tu ta fazendo com meu homê ? Hein...
cadela de merda... loira do Paraguai...
Eu estava agora em câmera lenta... olhei para porta, e Jussara
estava furiosa...havia tanta paixão naquele instante que tudo convertia-se em
merda. Excesso de sentimentos é uma merda pior que o crack.
Lady se fez, e me beijou... foi o erro dela. Jussara veio
pra cima dela como um tornado, e em um instante o Bar do Rei das Buceta
tornou-se uma arena... aquelas moças sabiam como agitar o ambiente, incendiar o
Atlântico e nevar sobre as lavas do Etna. O sossego se foi, elas começaram a
brigar primeiro verbalmente, depois vieram os tapas, arranhões e socos. Apenas cuidei para que não tivessem
nenhuma arma... mas não, estavam brigando se cuspindo e puxando cabelos, agora
no chão. Alguns faziam apostas, Pacholé estava apavora, ele sabia que o Rei
visse aquilo ali... Mas afinal quem era Pacholé para aquelas duas mulheres
grandes? Agora estavam semi despidas, as
tetas grandes de Jussara a mostra, e tudo aquilo para mim era como uma sinfonia
de Wagner... lindas brigando se lanhando, misturando-se a sujeira do chão...os
gritos: cadela, vadia, puta ladra de homem... vagabunda, arrombada...
-Fabiano...dá um jeito cara – diz Pacholé – a confusão
foi por tua causa cara...resolve ai...
-Não fode Pacholé... deixa elas brincarem, no final se
toparem eu como as duas e o jogo fica empate...há,há,há....
-Cara tu é louco... o Rei vai chegar ai e bem...tu sabes
como é...
-Deixa que com o Rei eu me entendo...eu não presto e ele
sabe... serve outra ai pra mim.
Alguns cara no bar estavam felizes... estavam vendo um
strip de graça... elas brigavam rugiam ambas estavam com seios a mostra, rasgaram
o sutiã e tudo. Toquei no meu pau, mas que beleza estava duro. Gosto de
Jussara, mas Lady também parecia interessante agora. Sou fácil.
Não sei quanto tempo durou aquela merda... então um carro
estaciona na frente do Bar, a porta se abre e desce o Rei e não parecia estar
muito feliz, chega na porta e dá um berro:
-Mas que porra é essa? Mas que merda...vocês duas de novo?
Como se uma ordem de congelar...as meninas param
instantaneamente, no chão, meio peladas, caras arranhadas, despenteadas, cena
digna, tanta emoção, como um dique rompido.
-Levantem agora...e chega, vocês duas estão proibidas de
virem aqui... não quero mais saber, vão brigar na casa do caralho...crianças de
merda, eu tenho que estar aqui o tempo todo? E vocês não crescem...merda, sumam
daqui agora suas porcas.
Me sentia tranquilo, mas aquele esporro todo acabou com
meu tesão. Jussara olha para o Rei:
-Rei...não, por favor, não me expulsa, tu sabes, tu sabes
tudo, tu sabes o quanto eu preciso, eu não queria nada disso... mas a Lady tava
beijando o Fabiano...
-Não quero saber de quem é a culpa...fodam-se... olha o
estado de vocês?
Vão embora agora e chega...chegaaaaa!
O bar todo estava em silencio. Os olhos de Pacholé
estavam saltados, o Rei tava de cara. Mas sinceramente eu já tinha visto aquele
filme...
Jussara me olha e diz: vamos?
-Nada disso – diz o Rei – nada disso, vais embora
sozinha, deixa o Fabiano ai, ele e eu temos coisas pra conversar...
-Amor, passa lá em casa depois? Jussara diz pra mim.
-Ju vemos depois ok? Agora, vai se cuidar, tem um corte
ai no teu braço...
Nisso Lady já havia ido. Poderíamos resolver tudo aquilo
em uma foda os três. Não gosto de disputas, quem é o melhor, quem é o fodão,
quem é o cara, em minha vida pessoal não importa quem é o melhor o que me
importa sinceramente é o jogo e o jogar. Só. Eu jogo.
Tudo estava calmo agora, eu pensava em comer Jussara
depois. Então Rei, chega até mim, pede uma cachaça pra Pacholé que já estava se
desculpando:
-Chefe...eu não pude fazer nada...elas são dois
rinocerontes...
-Tá Pacholé...
Ele acende um charuto, tira o chapéu branco, dá uma boa
tragada e me olha:
-Porra filho...qual é a tua? Por onde tu anda é confusão
e mais confusão, é isso?
-Tu acha que é voluntário?
-Não sei Fabiano, esse teu jeito de viver com as
mulheres...o trato por vezes acho que isso causa muito problema. Se a mulher
não tiver uma cabeça boa, a vadia pira filho! Sem falar que a confusão que causa quando vens
aqui...tudo gosta disso né?
-Eu aprendi com o melhor...Rei tu és o cara. Esse charuto
é cubano?
-É.
-Me dá um...
Acendi... um bom Havana, charuto e cachaça e talvez uma
buceta depois, que mais eu precisava na vida? Nada mais.
-Tu não aprendeu isso comigo, eu amo as mulheres sabes
disso, meu coração eu dou a elas, porque o que faço, faço sentido naquela hora
sou o amante latino, não dou somente o meu pau...dou minha alma...e tu bem...
tu não sei exatamente o que tu dás...mas elas gostam.
-Rei não sei o que dou...apenas eu faço as cosias em
minha vida, como se fosse morrer no segundo posterior...então nada fica pra
trás, posso morrer agora
-Fabiano que eu faço contigo? Te proibir de vir aqui?
-Não acho uma boa ideia...
-Tudo bem, então defini a tua situação com a Jussara ou
com a Lady...se não vai ser isso a vida toda até elas se matarem...
-Que merda, Rei eu não sou tudo isso... e não sei o que
viram em mim...
-Va se fuder Fabiano com essa humildade de merda...isso
parece falso, humildade sempre parece falso.
A noite estava boa, o bar agora vazio, boa cachaça e
longas tragadas de charuto. Pensei em ir na Jussara, mas acho que não...
Uma das mulheres do Rei chega, olha pra ele com ternura,
é Helena, uma negra linda, que tem vinte e seis anos... é apaixonada pelo Rei,
o chama de paizinho... e diz sempre que ele é o pai e o amante dela...é como se
trepasse com o pai. Rei acha graça... mas ao que parece Helena tem uma cabeça
boa, é muito relaxada e gosta de piroca.
-Rei, vamos embora, hoje você já se estressou
muito...vamos pra casa eu te faço relaxar...
O Rei sorri: “viu Fabiano? Amor é simples...simples .
O Rei e Helena se vão, aquilo parecia felicidade...talvez
isso seja uma felicidade. Na verdade nunca sabemos quando estamos felizes...perdemos
tempo...e as cosias passam...e será que já não perdemos ? Não sei.
Matei o copo de cachaça, paguei o Pacholé que parecia
curioso, quando eu estava saindo:
-Fabiano... Fabiano... tu vais ver a Jussara?
-Não Pacholé...acho que não.
-Cara ela tava arrebentada... mas ela ganhou a briga né?
-É...acho que sim...
Sai, eu pensava em ir pra casa...então desviei o caminho,
eu sou tragado pela noite isso é fatal. Mas não iria ver Jussara, eu queria
jogar gasolina em um prédio em chamas. Fui ver Lady-Zu. Os vitoriosos não me
interessam, eu quero os derrotados...os perdidos, os esquecidos, os cancerosos,
os que não são nada... os vitoriosos em a vitória.
Chego a frente da casa de Lady Zu, tudo apagado. Estaria
em casa? Desci e bati a porta, ouço um grito rouco: quem é ?
-Lady, o Fabiano...
Como uma arvore de natal na madrugada, as luzes da casa
de acendem...e Lady Zu, surge na porta...e estava linda com aqueles hematomas
no olho, o canto da boca cortado...e aquela camisola branca...curtinha. Puta
merda como eu gosto de roupas intimas brancas e pequenas... Lady estava a puta
do desencanto e eu o soldado dos exércitos fudidos da vida.
-Entra amor...entra...
Entrei e na porta de sua casa, nos agarramos em um beijo
longo, lascivo e repleto de tesão. Puta merda... desejei que os anjinhos do céu
fossem asfixiados pelo vapor da putaria...é... em alguns segundos, arrancamos
as roupas e as tetas de Lady estávamos com roxões dos socos de Jussara, e os
bico duros e rosados em minha boca agora, salivando...salivando, Lady Zu era
tudo que existia...ela gemia feito uma porca no cio...gosto de porcas, Lady Zu
é grande... toda grande...chupo aquelas tetas, e vou descendo até a xoxota...
que esta molhada demais...lindamente a poesia dos desesperados...a xoxota de
Lady Zu não tem um único pelo...e isso não me agrada muito, mas agora não era
hora de definições... minha língua mergulha nega...e dela escorre o liquido do
cio de mulher... uma textura branca acida...que foi molhando meu rosto e fui
bebendo do seu prazer, Lady toda gemidos
mexendo a sua barriga imensa, a pélvis e aquela xoxota dava vontade de voltar
para o útero...eu Fabiano feto, entranhas e merda , tudo se misturando a alma
ao sangue e aos gritos do diabo num inferno de prazer. Ela goza em minha
boca...algumas vezes... tudo é liquido, gosto que as mulheres gozem em minha
boca...e depois sim...dou a elas o meu prazer, foi que fiz. Enfiei em
Lady...brincando um pouco na entrada da xoxota...roçando os lábios ...entrando
e saído devagarinho...Lady é toda desespero...Lady a gozada da galáxias...e eu
o porra... tudo termina em gritos, gemidos e rugidos, a xoxota de Lady se
comprime querendo esmagar o pau...e gozo como um cavalo.
Então nos tornamos nada. Fodemos porque queríamos e nada
de importante isso significa...nada. Somos animais...e nos sentimos bem, mesmo
com toda contrariedade que isso é...sapateamos no caixão...bebemos da vida e
agora estávamos embriagados e tudo bem. Amanhã terá ressaca... não é? É, mas
tudo tem um preço e eu pago.
Lady me olha:
-Fabiano, vai ficar aqui?
-Não Lady...não somos nada...
Ela me olha...com alguma ternura.
-Eu sei...não somos nada.
Luís Fabiano.
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