Falta do que está
Estranho como as dores rescendem
Como promessas são quebradas
E a poeira se acumula sobre os livros e estantes
Uma bíblia, que você deixou entreaberta
No banheiro sujo de sangue...
Ainda não sei, se da tua menstruação
Ou de nossas brigas
As cartelas de aspirinas vazias...
E as roupas velhas que você não quis...
Tua música horrível
Teu péssimo gosto...
Tuas calcinhas amarelas rasgadas
O gosto ácido da tua buceta peluda
Gosto do nojo de tuas lembranças
E de todas as mentiras que contamos um para o outro
Infames deitados ao sol dos justos
Mentiras cientes, quase verdades
Engodo do prazer
Teu amor, um cheque sem fundo
E tua fúria selvagem
Tua putaria eterna ao lado de deus
És a vala das saudades
E a solidão de um copo de rum
És o encanto fétido de nossas piores emoções
E nada disso está aqui...comigo
Nada.
Luís Fabiano
Nenhum comentário:
Postar um comentário