Bênçãos da Merda
Vamos nos despindo lentamente
Devassando desejos
Permitindo gritos roucos dos animais
Escalar os portais do silencio
Seios em minha boca...
Palavras rescendendo
E teus olhos semicerrados de álcool...
A puta
A vadia
A cadela
Pronta para explodir
Minhas mãos percorrem fendas
As tuas agarram firme...
Tudo é desejo
Tudo é querer
A razão declina
Como asas fervendo no inferno
Então quero que o pau alcance para além da tua xoxota...
Quero tudo
Somos agora náufragos desesperados
Canibalizando fantasias e fugindo dos recifes
Viras a tua bunda ávida para mim
Vou entrando fundo...
Fundo o quanto posso...
Minha porra mistura-se a tua merda
Quero que o vagão alucinado se arrebente
E que tuas torrentes de medo...
Se dissipem com a luz de um dia bom...
Estas aqui...
Como tudo que a vida é...
Calor, merda, arroubos de emoção e tantas inquietudes
Confiança batizada
Com gotas de merda...
Enquanto a noite vai mergulhando em nós.
Luís Fabiano.
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