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quarta-feira, junho 05, 2013



Eu ouço

Tudo me soa tão forte as vezes
Quanto o primeiro arranhão
Tudo me soa violento
Quanto a doença percorrendo caminhos ocultos
Tudo me soa grande...

A floresta de cimento e asfalto cala
Predadores escondidos
Como sempre estiveram ontem
Presas tremendo antes do amanhecer
Ruge o nascer do sol...
Assovia a lua cheia...
Deitam as estrelas...
Eu ouço...

Calma a aranha tece sua teia...
Frio, você pensa ainda em como fuder alguém...
Ainda há rugidos
Menos cantos
Mais desencantos
A flor secando em vaso abandonado
Esperanças moídas em na maquina...
Tudo ruge, dança e grita...
Ruídos desconcertantes
Lagrimas atômicas

A beleza sorrindo num canto escuro
Mesa na sala de estar vazia...
Teus restos
Teus gritos mudos
Tua falta...
Tudo rugi
Dentro e fora de mim...
Rugi.


Luís Fabiano.



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