Eu, Irmãs gostosas, Challenger, brigas e ranho.
Final
Fui embora, deixando Tiago falando sozinho... Com aquela
voz meio retardada...
Quando cheguei ao Kadett, não me sentia bem. Acho que
deveria voltar para minha caverna. Fiquei escorado com as mãos na capota. Observando...
apenas observando.
Entrei no carro e fui em direção a Bento.
Dei aquela banda básica... E então o Pássaro Azul, você
tinha dúvidas?
Chego lá, tudo esta tranquilo.
É outro mundo... Deus as vezes é bom. Pedi a dose de rum, e tudo pareceu melhorar. Sabem como o lance da sorte? É, senti em mim que algo havia mudado.
Sorte virando? Sei lá. Fiquei ali um tempo... o tempo havia virado meu aliado, você faz a conspiração... a energia ruim havia se dissolvido. Agora tudo mudava. É... por vezes acho que sou bipolar...tripolar...ok. Todos temos defeitos. Mais um dose de rum estava a minha frente, e as tribos diversas estavam por lá, todos calmos, tranquilos tentando conversar e ouvir o Dvd do Luiz Melodia... porra sensacional. Noite ganha.
Comecei a conversar com a velha Célia. Uma coroa que fica dias e noites em bares. Gasta tudo que tem... e depois vende o corpo enrugado por bebidas, ela é facinha. Ela é bacana... faz um boquete sem dentadura é a coisa mais linda. Suavidade de movimento e segurança total... porque morder ela não vai! Ai você paga uma cerveja...e tudo esta acertado. Mas não... nesta noite Célia estava com grana... bebia a cântaros e fumava um cigarro atrás do outro, isso é a felicidade dela.
-E ai Célia...tudo de boa?
-É... de boa...curtindo a vida adoidado cara...
-Sei, tais nessa a muito né? Tais com quantos anos agora
velha?
-Sei-lá... mil talvez...dois...mil...
-Célia tu pretende chupar pau até quando hein?
-Sempre... pra vida toda...e quando eu tiver no caixão...
alguém pode fazer o favor de gozar na minha cara?Há,há,há...
O povo riu...eu também. Tava em casa, minha segunda casa.
-Pode deixar Célia...eu faço isso se os parentes deixarem...
-Porra Fabiano... tu é legal cara...é... porque a morte é
bacana... é espaço “pros” outros que vem... tu não acha?
-É to ligado... espaço é bacana...
Estava nessa, e ficaria assim...tranquilo vivendo minha derrota, serenamente. Havia perdido as putinhas. Você deve assumir que perdeu quando perde, tudo fica mais fácil... você sorri e a vida segue. Essa é a chave, nunca leve muito nada a sério demais... porque naturalmente tudo sempre passa, você passa... e coisas bacanas feitas, as vezes podem ter algum resultado, mas nunca espere por eles... apenas viva, viva o melhor que puder.
Célia agora ensaiava uma dança que lembrava um pagode... sentou no meu colo mexendo a bunda murcha... e todos gargalhávamos. Éramos uma grande família de perdedores.
Nisso dá entrada no Pássaro... Mirela e Milene...
sozinhas e com cara de apavoradas... entram assim...como quem foi cuspidas de
algum lugar...
Elas me veem e se dirigem até mim... estou tranquilo.
-Ei meninas...tudo bem? Que houve ?
-Porra...Fabiano...tu veio pra cá e não avisou ninguém ?
Senti uma certa hostilidade no ar. Mas sinceramente não tava nem aí pra elas, que se fodam.
-Sim... vocês se acharam na “turma” de vocês... fiquei conversando com Tiago Mongão... bem, não é exatamente isso que esperava pra minha noite... mas tá... foda-se né... mas o que houve?
-Ba, os caras ficaram loucos lá... nos levaram para um
banheiro...e disseram que iam nos comer...e depois sim... e ai fechou a maior
confusão, briga pra todo lado... te procuramos pra escapar de lá...e tu havias
desaparecido...
-Pera aí Mirela... tais pensando que sou serviço de
segurança e motorista personalizado? Porra te liga... vocês duas já são bem
grandinhas... os esporões já estão bem crescidos...então...alivia ai ok?
-Não Fabiano... não nos leva a mal...é que saímos contigo
sabes como é...
A situação havia me provocado nojo. As duas que fossem se fuder... chega. Eu tava legal agora. Então surpreendentemente a Milene a “exuparade” parecia mais dengosa agora... talvez mais drogada ou louca mesma. Veio até mim...e sentou-se no meu colo... pediu desculpas com um beijo na boca. Beijo longo... molhado...intenso. Beijo que me acendeu como um coquetel Molotov. Yes baby... vamos explodir as porras todas...incendiar as ruas.
O pau agora era um foguete para Lua. Célia, ainda dançava... gritava coisas insanas por ali. O beijo durou mais de um minuto... e não sei se foi a bebida... me senti transportado, tonto...
Quando o beijo terminou... Mirela...sorria o sorriso de
uma diaba. Conhecia aquela cara. Vadia do cão... Eva expulsa do paraíso... puta
de Jerusalém... Madalena do caralho. Não perdemos tempo.
Tudo havia mudado novamente, meu nojo convertera-se em tesão...
Como um raio do desespero, fomos para o Ap de Milene,
Mirela foi ao meu lado...e não perdeu tempo no caminho...abrindo o zíper...e
tentando sugar minha alma pelo pau. Sensacional. Fui dirigindo devagar, com
segurança... não gozaria na boca dela...não. Estava meio alterado, e a vida não
seria fácil pra elas .
Chegamos, estacionamos o carro... e fomos subindo pelas escadas... já fui enfiando a mão por debaixo do vestido delas... yes...xoxotas molhadas... a vida parece boa.
Agora no Ap, fomos tirando as roupas na escuridão...e um frenesi tomou conta de todos nós... alguém me agarrou pelo pesoço... era Milene acho... apertava com força...queria me sufocar... enquanto eu lambia a buceta de alguém... gemidos longos...alucinantes... tentava respirar e chupar aquela buceta com cheiro forte... me cansei do sufocamento... joguei a pessoa de costas em algum lugar... ouvi copos ou pratos se quebrando... segui sugando a xoxota...agora enfiando três dedos nela... tudo indo bem... alguém chorava...e ao mesmo tempo que vinha pra cima de mim... disputando a xoxota entre beijos e sugadas... um liquido viscoso escorria... por todos os lados... Milene sugava Mirela...ou vice-versa... danadinhas.
Alguém me bate na cara... isso me enfurece... procuro o
rabo de quem bateu com os dedos e acho... e sem pensar duas vezes enfio a seco
mesmo...a critura grita... grito feito de dor e prazer... depois implora para
que enfie mais fundo...fundo...fundo... eu estava bêbado demais e não conseguia
gozar... ainda sentia o liquido viscoso escorrendo... então Milene... mija
sobre nós...aos gritos... mijada acompanha de peidos... puta que pariu ,é lindo
uma mulher mijando e peidando suavemente. Não conseguia gozar.
O rum me deixa assim, meio louco, o pau fica duro... e a
gozada demora a acontecer. Agora ouvia risadinhas... Milene agora sugava
Mirela...mijada...e linda... então a coisa foi se acalmando em um tempo que não
sei exatamente precisar. Bati uma punheta... mas nada do gozo. Bem foda-se o
gozo... elas se deitaram ao meu lado...e pareciam dois passarinhos caídos... estavam
agora quietinhas.
Eu estico a mão...acendo um abajour... e vejo uma boa quantidade de sangue... relaxei... uma delas devia ter menstruado... mas não é tão simples assim. A louça quebrada no chão...pratos e copos com sangue... toco as costas de Milene... sangue seco. Puta merda, ela caiu de costas sobre a louça da mesa... dei uma olhada nos cortes... felizmente não era nada demais...eram arranhões profundos... mas ela certamente não morreria. Toco no meu pau... com o susto ficou mole. Ok, acho que era isso.
-Ei Milene... tuas costas estão cortadas...
-É? Muito?
-Mais ou menos... mas não tá sangrando mais.
-Então tudo bem... não vou morrer...que pena.
O chão era uma armadilha de vidros quebrados. Me sentia bem, elas estávamos sonadas demais, cansadas... o dia estava amanhecendo.
A noite longa de nossas vidas, não gosto de dormir de
dia, e também não queria ajudar a limpar aquela bagunça mijada... eu deveria ir
já.
E foi o que fiz, afinal a vingança veio, não como eu
imaginava. Insanidade galopante, vidros quebrados, amores impossíveis, bebidas
e a doença que todos carregamos na alma... desejos são um incêndio em um chalé
a meia noite... presas e predadores gritando na escuridão enquanto a mosca cai
na teia da aranha...
Recolhi minhas coisas e bati a porta atrás de mim... é mais fácil assim...vivo assim, sou assim, minha verdade.
Mais uma noite... ou menos uma noite. Mas eu ainda estava
vivo... liguei o motor do kadett e mergulhei no amanhecer sem poesia.
Luís Fabiano.
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