Devasso das feridas
Aquelas feridas cantam
Em traços de cicatrizes sem eco
Musicas ardidas de lembranças
Beijos se apagando
Toques não sentidos
Desejos não revelados
Minha memória, canta o que fere
Cala o que sentiu
Saudade sem ferida
Tua mão não sentida
Um carinho maldito
A linha na agulha em uma gaveta
Teus restos espalhados dentro e fora de mim
A luz coagulada do teu olhar
A ferida canta
Ferida muda
Lagrimas de diamante
Tuas feridas
Minhas feridas
Nosso encontro de dores
Resgatando a paz das sarjetas
O sublime me abraça
E estamos presos a mesma teia
Somos presas e predadores
Sorvendo silêncios
Nos espreitando, nos devorando.
Luís Fabiano.
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