Navalhadas Curtas: Que porra é essa...
Tudo na vida deve ter um
meio termo, um espaço de manobra, uma cor lavada que nos conduza ao neutro. Simples,
se assim fosse.
Eu estava sentando trabalhando...
e ela veio...sorrindo com dois dentes
faltantes na frente... Ela estava com um plano traçado: fuder.
Aquilo parecia divertido a
principio... mas...
-Então Fabiano... quando
vamos....hein...hein...
Olhei de canto de olho,
não tava afim de papinho furado de cu para piça hoje.
-Não sei... Tamires... um
dia.
-Nossa que animo hein...
credo...
É o que eu digo... Fuder
por fuder... qualquer uma serve. Mas Tamires não... ela carregava uma ferida de
carência que iria me “fuder” depois... Com todos aqueles arroubos emocionais...
que beiram quase a alucinação. Isso cansa. O amor é uma espécie de doença. Eu deveria
ter ficado quieto, mas...
-Tamires tenho que te
contar a verdade então... Minha piroquinha não funciona mais, nada, nada, nada...
to brocha, durmo o sono dos brochas...venho enfrentando isso a horas... Estico
o bixo só pra dar uma mijadinha na tampa do vaso...
Fiz a minha melhor cara de
coitado, um estuprado ao meio dia no Calçadão da Andrade Neves. Ela me olha... e
diz:
-Fabiano... deixa a
piroquinha pra la...tu ainda tens os dedos e a língua...
Ficamos nos olhando... Puta
que pariu.
Luís Fabiano.
Nenhum comentário:
Postar um comentário