Cheiros e teias
Gosto do cheiro da vida
O aroma peculiar de viver...
E viver fede muito...
Com ligeiros instantes de perfume nos feriados...
Tim-Tim demônio...
Gosto do cheiro forte do suor
Da merda
Da urina fresca e minha porra...
Gosto do cheiro das tuas lagrimas, risos e por do sol...
Beijos e adeuses...
Gosto do teu cheiro cansado e sujo de ontem
E da inquietação pulsante como eternidade rasgada...
Rescendendo hoje, a alguma paz...
E de nossos cheiros que se misturam
Gestando desejos escusos e vulcânicos
Masoquista, sadista, insano e suicida...
Gosto do cheiro do teu sangue...
Quando te bato carinhosamente...
Gosto das incertezas reais que alimentam nosso pior...
E da frieza de um suor tremulo
O cheiro do perfume barato de putas viciadas
Se misturando com a tua merda de sempre...
O bafio de uma calcinha abandonada no banheiro...
Manchada com teus líquidos de fertilidade
Gosto do cheiro quando vomitas, amor demasiado em mim
O gosto do 69 sem banho, ao amanhecer devastado
E álcool nos tornando melhores e piores
Irmãos da puta vida
Gosto quando me chupas... Fumando
Teu hálito, minha porra e alguma alma...
Puta que pariu...
A serpente se enrodilha no canto escuro
A agulha esta afiada
A agua da sarjeta se evapora
Os neons se apagam...
E hoje nada mais importa
Viva ou morra.
Luís Fabiano
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